Empresário de St-Pierre compara contrato do UFC com escravidão
Georges St-Pierre causou tumulto nos últimos dias. Depois de garantir que não tinha mais vínculo com o UFC, o canadense viu uma declaração oficial do evento desmentir a rescisão contratual, abrindo caminho para uma possível batalha judicial. E, ao que tudo indica, o advogado do atleta parece confiante em ganhar a causa, tanto que comparou o modelo de negócios entre a empresa e seus lutadores com um regime escravocrata.
Em entrevista ao site MMA Fighting, James Quinn, do escritório Weil, Gotshal and Manges, criticou abertamente o contrato assinado por seu cliente e deu a entender que ele fere uma série de exigências trabalhistas vigentes nos Estados Unidos. Tanto que, de acordo com sua declaração, tal modelo não é visto em nenhuma outra entidade esportiva no país.
“Você não pode fazer isso com nenhum contrato antigo em qualquer esporte. Existem processos judiciais nesse sentido em uma ações de classe que faz desse contrato ilegal sob as leis da NHS . Esse caso está em curso, e acho que, em termos de lei, o contrato o original não pode permanecer. Não no mundo de atual. É uma forma de escravidão”, avaliou de forma polêmica.
De acordo com o advogado, as restrições desempenhadas pela companhia, principalmente no que diz respeito a direito de imagem dos atletas, tanto em venda de produtos como para uso em video games, é exagerado e considerado ilegal.
“Já fiz muitos trabalhos em diferentes esportes. Quando li aquele contrato, eu fiquei assustado em como restritivo ele era. Eles estavam basicamente amarrando ele pela vida. Eles não têm direitos e eles possuem todos os licenciamentos e outras coisas. Isso é inédito em outros esportes. Eles eles não vão fazer isso para sempre”, garantiu.
Com essa nova cartada, parece claro que GSP está disposto a entrar com uma ação judicial para poder negociar com outros eventos e, assim, voltar a competir profissionalmente. Ex-campeão dos meio-médios (77 kg) do UFC, ‘The Rush’ é um dos maiores nomes da história do MMA e não luta desde novembro de 2013, quando bateu Johnny Hendrics e manteve o cinturão da categoria.
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