Mudanças de treinadores turbinam eliminatórias da Copa-2018
Paris, 30 Ago 2016 (AFP) - Tite faz sua grande estreia à frente da seleção brasileira na quinta-feira, contra o Equador, mas o ex-treinador do Corinthians não é o único a iniciar um trabalho novo mas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
A dois anos do Mundial da Rússia, outras grandes seleções trocaram de técnico, a começar pela Argentina, com Edgardo Bauza, que deixou o São Paulo no início do mês, mas também países europeus, como Inglaterra, Bélgica, Espanha, Itália ou Rússia.
O país-sede já tem vaga garantida, mas nem por isso Stanislav Tchertchessov encara o novo desafio com menos pressão, muito pelo contrário.
O ex-goleiro de 52 anos substitui Leonid Slutsky, demitido depois da eliminação russa na primeira fase da Eurocopa.
Na temporada passada, Tchertchessov, conhecido por ostentar um bigode 'a la Felipão' desde os tempos de atleta, levou o Légia Varsóvia ao título nacional e à conquista da Copa da Polônia, mas nunca dirigiu uma seleção antes.
A semelhança com o técnico do penta, porém, é apenas física. O discurso é bem diferente, com filosofia mais 'pé no chão' na hora de falar sobre as ambições para o torneio.
"Seria estúpido dizer que vamos ganhar a Copa do Mundo em casa. Nosso trabalho é construir uma equipe competitiva para 2018", afirmou o treinador. A primeira etapa será na quarta-feira, com amistoso contra a Turquia.
- 'Big Sam' na cova dos leões ingleses -O país que inventou o jogo também inicia um novo ciclo, com o experiente Sam Allardyce, de 61 anos, no lugar de Roy Hodgson.
'Big Sam' é um técnico bastante rodado, mas sem muitas referências no mais alto nível. Na temporada passada, seu feito foi salvar o Sunderland do rebaixamento.
Allardyce já se prepara a ter relações tensas com seus colegas da Premier League. Novo técnico do Manchester United, o sempre polêmico José Mourinho o acusou publicamente de "promover um futebol do século XIX.
O treinador do Arsenal há 20 anos, o francês Arsène Wenger também trocou farpas com 'Big Sam'. "Wenger sempre leva tudo para o lado pessoal, ele tem esse jeito arrogante. Não é o tipo de pessoas que vai te convidar na sua sala para beber uma cerveja depois do jogo", alfinetou o novo treinador dos 'Três Leões', que fará sua estreia contra a Eslováquia.
Na seleção italiana, Giampiero Ventura, de 68 anos, tem um perfil semelhante. Sem ter um currículo de encher os olhos, ele assumiu o comando da 'Nazionale' com a dura missão de substituir Antonio Conte, que já havia anunciado sua saída para o Chelsea antes mesmo da Eurocopa.
A campanha no torneio continental foi animadora, com vitória sobre a Espanha nas oitavas de final e derrota nos pênaltis para a Alemanha nas quartas, o que deixa Ventura bastante otimista.
"Nossa situação está privilegiada em relação à de Conte, que teve que reconstruir tudo", lembrou o treinador. O batismo de fogo um amistoso contra a França, atual vice-campeã europeia.
Na Espanha, a chegada de Julen Lopetegui coincide com o início de uma nova era. O técnico de 50 anos substitui Vicente De Bosque, monumento do futebol espanhol, que levou a 'Roja' ao título mundial em 2010 e ao bicampeonato europeu em 2012.
Uma das suas primeiras decisões foi justamente descartar um dos principais ícones da geração vitoriosa da era Del Bosque, o goleiro Iker Casillas, que não foi convocado para o amistoso de quinta-feira contra a Bélgica e a estreia nas eliminatórias, contra o Liechtenstein.
A seleção belga também está de técnico novo, o espanhol Roberto Martínez, que fará sua estreia justamente contra seu país.
O ex-treinador do Everton corre risco de ser um pouco ofuscado pelo seu auxiliar, o ex-craque Thierry Henry, maior artilheiro da história do Arsenal e da seleção francesa.
- Brasil e Argentina em situação de emergência -As eliminatórias europeias começam na semana que vem, mas os novo técnicos de seleções sul-americanas vão ter que pegar o bonde andando.
Depois de seis rodadas, com o terço do caminho já percorrido, o Brasil está fora da zona de classificação, em sexto lugar, com nove pontos.
A medalha de ouro olímpica renovou os ânimos, mas a missão do Tite não será nada fácil: a estreia será contra o Equador vice-líder com os mesmos 13 pontos do Uruguai, na altitude de 2.850 metros de Quito.
Em seguida, Neymar e companhia terão pela frente a talentosa Colômbia, quinta colocada, com 10 pontos, em Manaus.
Na sua primeira convocação, Tite convocou sete campeões olímpicos, entre eles as promessas Gabibol e Gabriel Jesus, mas jogadores mais 'cascudos' vão ter que aparecer para reverter um dos piores legados da segunda era Dunga.
A seleção pentacampeã mundial é a única que participou de todas as edições da Copa e sua ausência na Rússia seria mais um vexame gigantesco, depois da humilhação do 7 a 1 e da eliminação na fase de grupos da Copa América do Centenário.
O Corinthians não foi o único clube paulista 'vítima' da dança de cadeiras dos treinadores de seleções.
O São Paulo perdeu Bauza, que já cumpriu parte da sua missão antes mesmo da estreia. 'Patón' garantiu o retorno de Lionel Messi, que voltou atrás da decisão de não defender mais a seleção argentina depois de mais um vice-campeonato na Copa América.
O craque do Barcelona tem presença confirmada entre os 'Hermanos', mas sua participação ao duelo de quinta-feira, contra o Uruguai, foi colocada em dúvida por um "incômodo no músculo adutor" da coxa diagnosticado pelo clube catalão".
O certo é que Bauza não poderá contar com Sergio Agüero nem Javier Pastore, ambos lesionados.
A dois anos do Mundial da Rússia, outras grandes seleções trocaram de técnico, a começar pela Argentina, com Edgardo Bauza, que deixou o São Paulo no início do mês, mas também países europeus, como Inglaterra, Bélgica, Espanha, Itália ou Rússia.
O país-sede já tem vaga garantida, mas nem por isso Stanislav Tchertchessov encara o novo desafio com menos pressão, muito pelo contrário.
O ex-goleiro de 52 anos substitui Leonid Slutsky, demitido depois da eliminação russa na primeira fase da Eurocopa.
Na temporada passada, Tchertchessov, conhecido por ostentar um bigode 'a la Felipão' desde os tempos de atleta, levou o Légia Varsóvia ao título nacional e à conquista da Copa da Polônia, mas nunca dirigiu uma seleção antes.
A semelhança com o técnico do penta, porém, é apenas física. O discurso é bem diferente, com filosofia mais 'pé no chão' na hora de falar sobre as ambições para o torneio.
"Seria estúpido dizer que vamos ganhar a Copa do Mundo em casa. Nosso trabalho é construir uma equipe competitiva para 2018", afirmou o treinador. A primeira etapa será na quarta-feira, com amistoso contra a Turquia.
- 'Big Sam' na cova dos leões ingleses -O país que inventou o jogo também inicia um novo ciclo, com o experiente Sam Allardyce, de 61 anos, no lugar de Roy Hodgson.
'Big Sam' é um técnico bastante rodado, mas sem muitas referências no mais alto nível. Na temporada passada, seu feito foi salvar o Sunderland do rebaixamento.
Allardyce já se prepara a ter relações tensas com seus colegas da Premier League. Novo técnico do Manchester United, o sempre polêmico José Mourinho o acusou publicamente de "promover um futebol do século XIX.
O treinador do Arsenal há 20 anos, o francês Arsène Wenger também trocou farpas com 'Big Sam'. "Wenger sempre leva tudo para o lado pessoal, ele tem esse jeito arrogante. Não é o tipo de pessoas que vai te convidar na sua sala para beber uma cerveja depois do jogo", alfinetou o novo treinador dos 'Três Leões', que fará sua estreia contra a Eslováquia.
Na seleção italiana, Giampiero Ventura, de 68 anos, tem um perfil semelhante. Sem ter um currículo de encher os olhos, ele assumiu o comando da 'Nazionale' com a dura missão de substituir Antonio Conte, que já havia anunciado sua saída para o Chelsea antes mesmo da Eurocopa.
A campanha no torneio continental foi animadora, com vitória sobre a Espanha nas oitavas de final e derrota nos pênaltis para a Alemanha nas quartas, o que deixa Ventura bastante otimista.
"Nossa situação está privilegiada em relação à de Conte, que teve que reconstruir tudo", lembrou o treinador. O batismo de fogo um amistoso contra a França, atual vice-campeã europeia.
Na Espanha, a chegada de Julen Lopetegui coincide com o início de uma nova era. O técnico de 50 anos substitui Vicente De Bosque, monumento do futebol espanhol, que levou a 'Roja' ao título mundial em 2010 e ao bicampeonato europeu em 2012.
Uma das suas primeiras decisões foi justamente descartar um dos principais ícones da geração vitoriosa da era Del Bosque, o goleiro Iker Casillas, que não foi convocado para o amistoso de quinta-feira contra a Bélgica e a estreia nas eliminatórias, contra o Liechtenstein.
A seleção belga também está de técnico novo, o espanhol Roberto Martínez, que fará sua estreia justamente contra seu país.
O ex-treinador do Everton corre risco de ser um pouco ofuscado pelo seu auxiliar, o ex-craque Thierry Henry, maior artilheiro da história do Arsenal e da seleção francesa.
- Brasil e Argentina em situação de emergência -As eliminatórias europeias começam na semana que vem, mas os novo técnicos de seleções sul-americanas vão ter que pegar o bonde andando.
Depois de seis rodadas, com o terço do caminho já percorrido, o Brasil está fora da zona de classificação, em sexto lugar, com nove pontos.
A medalha de ouro olímpica renovou os ânimos, mas a missão do Tite não será nada fácil: a estreia será contra o Equador vice-líder com os mesmos 13 pontos do Uruguai, na altitude de 2.850 metros de Quito.
Em seguida, Neymar e companhia terão pela frente a talentosa Colômbia, quinta colocada, com 10 pontos, em Manaus.
Na sua primeira convocação, Tite convocou sete campeões olímpicos, entre eles as promessas Gabibol e Gabriel Jesus, mas jogadores mais 'cascudos' vão ter que aparecer para reverter um dos piores legados da segunda era Dunga.
A seleção pentacampeã mundial é a única que participou de todas as edições da Copa e sua ausência na Rússia seria mais um vexame gigantesco, depois da humilhação do 7 a 1 e da eliminação na fase de grupos da Copa América do Centenário.
O Corinthians não foi o único clube paulista 'vítima' da dança de cadeiras dos treinadores de seleções.
O São Paulo perdeu Bauza, que já cumpriu parte da sua missão antes mesmo da estreia. 'Patón' garantiu o retorno de Lionel Messi, que voltou atrás da decisão de não defender mais a seleção argentina depois de mais um vice-campeonato na Copa América.
O craque do Barcelona tem presença confirmada entre os 'Hermanos', mas sua participação ao duelo de quinta-feira, contra o Uruguai, foi colocada em dúvida por um "incômodo no músculo adutor" da coxa diagnosticado pelo clube catalão".
O certo é que Bauza não poderá contar com Sergio Agüero nem Javier Pastore, ambos lesionados.
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