Polêmico Cristiano Ronaldo sob pressão em Portugal
Paris, 17 Jun 2016 (AFP) - Um comentário polêmico sobre "a mentalidade pequena" da Islândia, chances desperdiçadas por excesso de individualismo e uma atuação digna de questionamento: o desempenho português Cristiano Ronaldo será novamente colocada à prova neste sábado contra a Áustria, no estádio Parque dos Príncipes, em Paris.
Alemanha, Espanha, França, Itália... Das grandes nações do futebol europeu, apenas Inglaterra e Portugal tiveram início ruim na Eurocopa. Os portugueses tiveram que se contentar com um empate em 1 a 1 com a modesta Islândia, país de apensa 330.000 habitantes.
Os ingleses se recuperaram na segunda rodada derrotando na quinta-feira o País de Gales (2-1) e colocando ainda mais pressão nos ombros da seleção portuguesa, que garante querer crescer de rendimento na competição e que terá pela frente uma Áustria surpreendentemente derrotada pela Hungria (2-0) na estreia.
Entre os comandados do técnico Fernando Santos, um jogador concentra logicamente todas as atenções. Cristiano Ronaldo e seu ego sabem que, aos 31 anos, aos oportunidades de conquistar um torneio internacional com a seleção vão ficando cada vez mais remotas e que a falta de um título com Portugal não seria digno de uma das maiores estrelas do futebol mundial.
O atacante do Real Madrid, porém, não teve boa atuação no primeiro jogo nesta Euro, desperdiçando diversas chances de gol ao querer resolver tudo sozinho. Para piorar, não foram vistas com bons olhos as declarações pós-jogo sobre o estilo de jogo dos islandeses, "que só fizeram defender, defender, defender".
"Na minha opinião, é uma mentalidade pequena. É por isso que não farão nada" na competição, polemizou o capitão português, criticando a seleção de um país de apenas 330.000 mil habitantes, sem nenhuma cultura futebolística, que disputa uma competição internacional pela primeira vez em sua história.
"É claro que não íamos criar tantas chances de gol como uma equipe fantástica como Portugal, mas esses comentários explicam por que (seu rival Lionel) Messi sempre estará acima dele", respondeu o zagueiro islandês Kari Arnason.
- Problema CR7 -Mesut Ozil, meia da Alemanha, não disse algo muito diferente na quinta-feira após o 0 a 0 com a Polônia, que "jogou com 20 homens na frente do gol". Quando é Cristiano Ronaldo que fala, porém, qualquer debate vira polêmica, principalmente se o craque português não rende dentro de campo, como foi o caso na estreia na Euro.
O técnico de Portugal fez questão de defender seu craque, acusando por outro lado os islandeses de falta de fair-play.
"Os islandeses provocaram Pepe e Cristiano antes da partida. Nós somos seres humanos e às vezes as pessoas reagem com emoção quando são provocadas", criticou o treinador.
Poderia CR7 ser um problema? Sempre que são perguntados sobre a forma do capitão da equipe, os outros jogadores da seleção portuguesa o elogiam, afirmando tratar-se do "melhor do mundo", que Cristiano está "muito feliz" e "muito motivado".
Mas as tendências de Cristiano Ronaldo a abandonar sua posição para buscar a bola longe do gol adversário e a tentar resolver as jogadas sozinhos trazem dúvidas sobre seu comprometimento com o jogo coletivo.
Nada disso apaga o fanatismo da torcida portuguesa com o maior ídolo do país e que continuará sendo a grande -e talvez única- esperança de ver a seleção lusa ir longe na competição.
Resta saber se o CR7 do Real Madrid, aquele atacante decisivo e artilheiro, dará o ar da graça contra a Áustria neste sábado, em Paris.
Alemanha, Espanha, França, Itália... Das grandes nações do futebol europeu, apenas Inglaterra e Portugal tiveram início ruim na Eurocopa. Os portugueses tiveram que se contentar com um empate em 1 a 1 com a modesta Islândia, país de apensa 330.000 habitantes.
Os ingleses se recuperaram na segunda rodada derrotando na quinta-feira o País de Gales (2-1) e colocando ainda mais pressão nos ombros da seleção portuguesa, que garante querer crescer de rendimento na competição e que terá pela frente uma Áustria surpreendentemente derrotada pela Hungria (2-0) na estreia.
Entre os comandados do técnico Fernando Santos, um jogador concentra logicamente todas as atenções. Cristiano Ronaldo e seu ego sabem que, aos 31 anos, aos oportunidades de conquistar um torneio internacional com a seleção vão ficando cada vez mais remotas e que a falta de um título com Portugal não seria digno de uma das maiores estrelas do futebol mundial.
O atacante do Real Madrid, porém, não teve boa atuação no primeiro jogo nesta Euro, desperdiçando diversas chances de gol ao querer resolver tudo sozinho. Para piorar, não foram vistas com bons olhos as declarações pós-jogo sobre o estilo de jogo dos islandeses, "que só fizeram defender, defender, defender".
"Na minha opinião, é uma mentalidade pequena. É por isso que não farão nada" na competição, polemizou o capitão português, criticando a seleção de um país de apenas 330.000 mil habitantes, sem nenhuma cultura futebolística, que disputa uma competição internacional pela primeira vez em sua história.
"É claro que não íamos criar tantas chances de gol como uma equipe fantástica como Portugal, mas esses comentários explicam por que (seu rival Lionel) Messi sempre estará acima dele", respondeu o zagueiro islandês Kari Arnason.
- Problema CR7 -Mesut Ozil, meia da Alemanha, não disse algo muito diferente na quinta-feira após o 0 a 0 com a Polônia, que "jogou com 20 homens na frente do gol". Quando é Cristiano Ronaldo que fala, porém, qualquer debate vira polêmica, principalmente se o craque português não rende dentro de campo, como foi o caso na estreia na Euro.
O técnico de Portugal fez questão de defender seu craque, acusando por outro lado os islandeses de falta de fair-play.
"Os islandeses provocaram Pepe e Cristiano antes da partida. Nós somos seres humanos e às vezes as pessoas reagem com emoção quando são provocadas", criticou o treinador.
Poderia CR7 ser um problema? Sempre que são perguntados sobre a forma do capitão da equipe, os outros jogadores da seleção portuguesa o elogiam, afirmando tratar-se do "melhor do mundo", que Cristiano está "muito feliz" e "muito motivado".
Mas as tendências de Cristiano Ronaldo a abandonar sua posição para buscar a bola longe do gol adversário e a tentar resolver as jogadas sozinhos trazem dúvidas sobre seu comprometimento com o jogo coletivo.
Nada disso apaga o fanatismo da torcida portuguesa com o maior ídolo do país e que continuará sendo a grande -e talvez única- esperança de ver a seleção lusa ir longe na competição.
Resta saber se o CR7 do Real Madrid, aquele atacante decisivo e artilheiro, dará o ar da graça contra a Áustria neste sábado, em Paris.
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