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Ícone do "Zona de Impacto", Dora Vergueiro abandona esportes de ação

Dora Vergueiro tem projetos paralelos com a sua carreira musical - Arquivo pessoal
Dora Vergueiro tem projetos paralelos com a sua carreira musical Imagem: Arquivo pessoal

Flavio Latif

Do UOL, em São Paulo (SP)

04/03/2021 04h00

Dora Vergueiro foi uma das principais apresentadoras do "Zona de Impacto" e do "Rolê", programas do SporTV que foram extintos —ambos tinham foco em esportes radicais como escalada, surfe, rapel, skate e outros.

Hoje, aos 42 anos e focada em sua carreira musical, ela afirmou em entrevista ao UOL Esporte que deixou os esportes radicais de lado, mas ainda pratica os mais convencionais para manter a boa forma.

"Não pratico mais esportes radicais, não mais. Foi uma época da minha vida que está muito atrelada ao "Rolê". Mas foi incrível, já pratiquei muito. Vivia fazendo esporte radical. Pratico esporte, não vivo sem, mas os convencionais", brincou.

Ela também lembrou seus "perrengues" na época de apresentadora, entre eles estão: problemas com paraquedas, caldos durante o surfe e até resgate na Foz do Iguaçu.

"Foram muitos [perrengues]. Caí na Foz do Iguaçu em um rafting e fui cachoeira abaixo. Fui resgatada mais à frente por caiaque. Já tomei muito caldo surfando e isso me deixou traumatizada, porque não tenho tranquilidade para tomar caldo. [Teve] Paraquedas que não abriu e tive que abrir o reserva. Uma vez, fui sugada por uma nuvem com o Frank Brown —mais famoso parapentista brasileiro— num voo de parapente. A gente não conseguia descer. Foram muitos casos", lembrou.

Dora comentou que não tem vontade de retornar à televisão pois, em sua opinião, a televisão dos dias atuais é a tela do celular por causa dos diversos produtos disponíveis. Ela apresenta um programa de rádio, já lançou cinco discos como cantora e não vê a hora de voltar aos estúdios para continuar a produzir suas músicas.

"Não pretendo voltar à televisão. Eu acho que hoje em dia, com a internet, com as lives, com as entrevistas, a gente está sempre na televisão. A televisão virou a tela de um celular. Além de apresentadora, eu sou uma cantora, sou uma radialista, sou uma compositora, então, não estou fechada para nada. Mas eu acho que a televisão virou a tela do celular", concluiu.

Confira outros trechos da entrevista:

UOL Esporte: Qual foi a importância do "Zona de Impacto" na sua vida?

Dora Vergueiro: "O "Zona de Impacto", para mim, foi a minha independência. Foi liberdade de viajar, fazendo o que eu gostava, conhecendo lugares incríveis, me comunicando com todo mundo. Eu sou geminiana, sou super comunicativa. Eu adoro saber das pessoas e conhecer lugares, temperos, culturas. O "Zona de Impacto" me proporcionou isso através do boletim. Foi uma profissão nova no meu caminho, o jornalismo. Eu fiz faculdade de jornalismo, mas a minha maior faculdade foi a prática desses anos todos lá. E foi uma época muito feliz. "Zona de Impacto" foi super importante e me possibilitou ser também a cantora que eu sou, a compositora que eu sou, a atleta que eu sou, foi essencial. Era um trabalho onde a minha essência estava. A minha múltipla excelência estava atuando, então, uma fase importante".

UOL Esporte: Ser lembrada por algumas pessoas como musa dos esportes te incomoda de alguma forma?

Dora Vergueiro: "Não. Não me incomoda, não. A história que a gente constrói, a verdade que a gente passa, o rastro que a gente deixa, as pegadas que a gente deixa são a nossa história".

UOL Esporte: BBB tem levado participantes famosos, você toparia entrar no reality show?

Dora Vergueiro: "Acho que não seguro a onda de ficar longe das minhas filhas, confinada. Será? Eu acredito no "nunca diga nunca", mas eu não sei se é a minha cara. Eu não gosto de gente presa em lugar nenhum. Teria que fazer um trabalho. Não tem muito a ver comigo ficar preso em algum lugar. O jogo tem que saber jogar. Não sei se eu sou uma boa jogadora nesse sentido".