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Zinho revela mágoa com Felipão após ficar fora da Copa- 2002: 'Foi injusto'

Zinho comemora gol do Grêmio diante do Corinthians em jogo no Morumbi pelas finais da Copa do Brasil de 2001 - Eduardo Knapp/Folhapress
Zinho comemora gol do Grêmio diante do Corinthians em jogo no Morumbi pelas finais da Copa do Brasil de 2001 Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/10/2020 12h00

Campeão do mundo com a seleção brasileira em 1994, Zinho revelou uma mágoa com Felipão por não ter ido à Copa do Mundo de 2002. O ex-jogador contou que ficar fora do Mundial em que o Brasil foi pentacampeão foi mais dolorido do que perder a competição em 1998.

"Não ir para uma Copa do Mundo é triste, mas são coisas da bola. Eu fui em 1994, não fui em 1998 e 2002. Mas em 2002 doeu mais. Doeu mais porque eu vivia um momento melhor da minha carreira. Eu jogava no Grêmio campeão gaúcho, campeão da Copa do Brasil. Eu era artilheiro do Grêmio no ano, coisa que eu não costumava ser nos outros times. Era um sistema diferente que o Tite tinha organizado e que me punha como protagonista, além de eu ser o capitão da equipe", disse em entrevista ao site da ESPN.

"E o Felipão foi ver jogo do Grêmio várias vezes durante as Eliminatórias, aí convocou o Eduardo Costa, o Tinga, o Marcelinho Paraíba. Do meio para a frente, ele convocou quase todo mundo, menos eu e o Luís Mario. E eu não entendia o motivo porque eu fui campeão de Libertadores com o Felipão, Mercosul, Copa do Brasil. Joguei com ele vários anos no Palmeiras", continuou.

Zinho disse que a explicação recebida de Paulo Paixão, integrante da comissão técnica da seleção brasileira à época, foi de que ele não seria convocado por ser muito identificado com a equipe campeã mundial em 1994.

"Cheguei a perguntar para o Paixão, que era preparador físico da seleção, se era por causa da minha idade - mas ele convocava alguns da minha idade - ou se tinha alguma mágoa, alguma briga. O Paixão falou que não, que era opção mesmo, que meu nome era muito identificado com a seleção de 1994. Mas ele continuou chamando Rivaldo, Ronaldo, que eram identificados com a seleção de 1998, que perdeu. Enfim, doeu mais. Eu vivia um momento muito bom", disse.

"Doeu mais também pela identificação que eu tinha com o Felipão de jogar junto, ser campeão. Achei que foi injusto. Acho que eu merecia ter pelo menos uma chance na Eliminatória. Mas não perguntei mais, nunca me explicou. Mas o Brasil foi penta, teve polêmica com outros jogadores, mas fizeram uma Copa maravilhosa", completou.