O círculo mais próximo de Tite na seleção brasileira é formado pelo seu corpo de auxiliares. O último a chegar ao grupo foi César Sampaio, em 2019. Ele e Tite dividiram a sala de aula da CBF Academy e desenvolveram uma afinidade que serviu para preencher a lacuna gerada pela saída de Sylvinho, que trabalhava com o técnico desde os tempos de Corinthians.
Então presidente da CBF, Rogério Caboclo não estava tão satisfeito com essa formação. Tentou impor uma figura no corpo técnico da seleção e primeiro pensou no francês Thierry Henry, campeão do mundo em 1998, carrasco do Brasil em 2006 e que estava na comissão técnica da seleção da Bélgica que derrotou o Brasil na Copa do Mundo de 2018. Não rolou —o francês segue trabalhando com o espanhol Roberto Martinez. Depois, veio a ideia de Xavi. O espanhol, porém, já estava interessado em treinar o Barcelona quando veio a sondagem verde-amarela. Também não deu corda.
Mas foi o terceiro nome que mudou as coisas. Quando Muricy Ramalho foi ventilado para ocupar uma função na comissão técnica, Tite viu no antigo rival alguém com capacidade de dar uma contribuição valiosa em tempos de Copa do Mundo. Muricy não aceitou. O técnico da seleção, então, chegou a sondar Junior, o Maestro, hoje comentarista da Globo. Também não deu certo, mas era a confirmação de que Tite tinha aceitado a necessidade de ter mais uma pessoa em seu círculo da seleção.
Mas o que, afinal, Tite queria com esse movimento? Parcerias como a de Carlos Alberto Parreira e Mario Jorge Zagallo, na Copa do Mundo de 1994, ajudam a explicar.