O fim da malvadeza

Vini Jr. vira jogador mais valioso do mundo no Real após mudar o nome e tentar deixar apelido só no Brasil

Eder Traskini e Igor Siqueira Do UOL, em Santos e no Rio de Janeiro Str/Xinhua

Era o início de fevereiro de 2017 quando o telefone de Frederico Pena, CEO da agência TFM, tocou. A ligação era de um contato salvo com quem Fred falava com frequência: um scout do Liverpool (ING). "Fala, Fred. Me diga uma coisa: você acha que o Flamengo venderia o Vinicius Junior agora por 20 milhões de euros?"

O agente estranhou. Vinicius Junior tinha somente 16 anos na época. Havia disputado recentemente a Copinha pelo rubro-negro, mas ainda não havia sequer estreado profissionalmente. Além disso, o Liverpool é um clube conhecido por ser sóbrio em negociações, ainda mais antes da era Klopp. Não faziam as loucuras de Real Madrid e Barcelona, por exemplo.

Depois da Copinha, na qual começou como reserva e ganhou a titularidade, a expectativa de Vinicius Junior não era uma grande transferência, mas sim disputar o Sul-Americano sub-17, que aconteceria no fim daquele mês. Era justamente essa a preocupação do Liverpool. "Te pergunto isso, Fred, porque acho que, depois do Sul-Americano, o Flamengo não vai vender o Vinicius por dinheiro nenhum no mundo".

Vinicius foi campeão, artilheiro e eleito o melhor jogador daquele torneio. Dois meses depois, o Real Madrid desembolsou 45 milhões de euros para pagar a multa rescisória e garantir que o jovem de 16 anos — que só iria para a Espanha um ano e dois meses depois —vestisse branco.

Cinco anos depois, Vinicius virou Vini, um dos protagonistas do Real Madrid e o jogador mais valioso do mundo, segundo lista do Observatório do Futebol CIES. O atacante surge como principal candidato a liderar uma nova geração brasileira. Aos 21 anos, porém, tem uma missão: deixar o apelido de Malvadeza, que nasceu nos tempos de Flamengo, restrito ao Brasil.

Str/Xinhua
AFP PHOTO / RODRIGO BUENDIA
Ainda Vinicius, atacante comemora gol contra o Emelec com os óculos para confirmar o "Malvadeza"

"Vini, Vini, Vini, Vini, Vini... MALVADEZA"

O grito já se tornou comum nas transmissões dos jogos do Real Madrid na ESPN. O dono da voz que mais usa a frase é o narrador Rogério Vaughan, que encontrou o termo nas redes sociais e aplicou aos poucos nas transmissões. O público gostou e o apelido se popularizou no país na mesma velocidade com que Vini Jr. passa pelos marcadores com a camisa merengue.

Mas, afinal, como surgiu o apelido? E o que Zé Ramalho, cantor de "Vida de Gado" e mais uma série de sucessos, tem a ver com isso? A resposta é o youtuber flamenguista Zopilote. O nome real do criador de Malvadeza é João Ramalho, filho de Zé Ramalho e da também cantora Amelinha — famosa por "Frevo Mulher".

"Eu sempre vi esse molequinho jogando, desde o sub-17 da seleção. Parecia um profissional no meio dos caras, ficava dando chapéu, caneta... E eu sempre pensei: esse moleque é malvado pra caramba. Um dia, em um vídeo, eu falei: 'olha o Vini Malvadeza'. E o público gostou. Mas era uma coisa interna do meu canal, não tinha pegado ainda nas redes. E aí veio o famoso jogo do Emelec. O Vini entra no segundo tempo, empata e vira, pega aquele óculos e coloca no rosto. E aí foi cabal, ele acabou com o jogo com a sua malvadeza. A partir dali, pegou", contou Zopilote ao UOL Esporte, lembrando do jogo pela Libertadores de 2018, em que o Flamengo venceu o Emelec por 2 a 1, com dois gols do atacante.

Vini Jr. gosta do apelido, mas a ideia é deixar o termo para o público brasileiro. O motivo é a tradução literal. Cada vez mais um astro global, o atacante tem receio que que algum fã busque o significado do termo e o relacione de maneira negativa com o jogador. A rejeição ao Malvadeza vem do mesmo lugar que causou a mudança de Vinicius para Vini, para facilitar a pronuncia a nível mundial.

Os narradores começaram a falar, comecei a ver vídeos utilizando. Eu sempre fui um cara muito humilde, meus seguidores pedem créditos e tal, mas eu sou muito tranquilo quanto a isso. Eu sei que eu criei e está tudo bem. Eu me sinto, mesmo que indiretamente, homenageado quando vejo. Infelizmente, nunca tive contato com o Vini. Mesmo que ele não possa falar, porque talvez seja pejorativo para a imagem dele, se pudesse ver ele falando que sabe que fui eu inventei, ouvir esse carinho, esse abraço, já seria um sonho."

Zopilote, youtuber criador do termo malvadeza

Divulgação/ESPN Brasil

[O Malvadeza] Chegou pela rede social e caiu como uma luva. Comecei a introduzir de leve nas narrações para ver como ficava e o fã de esportes gostou demais. O futebol brasileiro é muito ligado em apelidos — talvez menos nessa geração dos nomes compostos. Direto falam na rua [sobre o Malvadeza]. Em repartição pública, em banco... 'Vi aquele jogo ontem do Vinicius, o Vini Malvadeza tá demais!' Os gols no YouTube reverberam muito nas redes sociais. Editam a parte do Vini Malvadeza e aí pega mesmo".

Rogério Vaughan, narrador dos canais Disney

Gustavo Valiente/Xinhua Gustavo Valiente/Xinhua

Protagonismo previsto

Com somente 21 anos de idade e em sua quarta temporada na Europa, Vini Jr se tornou protagonista de um dos maiores clubes do mundo. O desempenho não espanta o Real Madrid. Pelo contrário: vai ao encontro do plano de carreira traçado pelos merengues quando contrataram o jogador.

O "malvadeza" superou as expectativas do clube no primeiro ano na Espanha. Os primeiros quatro jogos de Vini no país ocorreram no time B, o que é normal para jovens recém-contratados. Mas não parou ali.

Ainda no primeiro ano, ganhou a titularidade do time na segunda metade da temporada, no início de 2019. Foi titular em um 'Dérbi Madrileño' (contra o Atlético de Madri), em três duelos contra o Barcelona ('El Clássico') e nas oitavas de final da Liga dos Campeões. E aí veio a lesão: Vini rompeu o ligamento do tornozelo direito e ficou dois meses sem jogar, voltando somente nas rodadas finais de La Liga, já com o título decidido.

Durante os três primeiros meses de 2019, Vini Jr foi um dos melhores jogadores do Real Madrid com apenas 18 anos, algo que nem o clube merengue esperava. No ano seguinte, oscilou e teve menos jogos como titular —aí, sim, algo que o clube previa.

Na temporada passada, Vini iniciou a escalada até o lugar de protagonista que tem hoje. Foi titular em 31 partidas e entrou do banco em outras 18. Jogou como titular 8 dos 12 jogos do Real na Champions. Neste ano, foi titular em 24 das 26 partidas que participou no ano, iniciando os sete jogos dos merengues na maior competição da Europa —e deve ser titular hoje, às 17h, no jogo de volta contra o PSG, que vale classificação para as quartas de final da competição.

Mais que isso: Vini Jr começou a ser decisivo. Foram 16 gols e nove assistências, mais que o dobro de sua melhor temporada em termos de participações diretas em gol, no Flamengo ou no Real Madrid.

Vincent West/Reuters
Rodrygo, Vinicius Junior e Militão comemoram gol do Real Madrid contra a Real Sociedad

Fora de campo, bom menino

Se dentro dos gramados Vini Jr apronta malvadezas, fora dele é o contrário. Caseiro, tímido e focado, o jovem atacante é vendido como o "clássico bom menino". Ele é usado como exemplo dentro da agência que cuida de sua carreira.

"É nossa referência para mostrar o tipo de coisa que alguém tem que fazer na vida se quiser chegar nesse nível. Em diversas ocasiões, a gente levou atletas para viver o dia a dia dele. Ele joga sábado à noite e volta para casa para fazer fisioterapia, enquanto a visão do jogador de futebol 'normal' é o cara jogar sábado à noite, jantar e ir para a balada. E não é assim: o foco é na performance", contou Fred Pena.

No mês passado, Vini Jr recebeu uma dessas visitas: o fenômeno Endrick, campeão da Copa São Paulo pelo Palmeiras, passou a semana com o atacante merengue. Comeu a mesma a comida preparada especialmente para o jogador do Real Madrid por um chef contratado por Vini para garantir uma alimentação balanceada.

O atacante mora em La Moraleja, bairro de luxo com patrulhamento interno localizado perto do CT do Real Madrid. Sua família vive com ele na capital espanhola, assim como as famílias de profissionais contratados especificamente para cuidar do jogador, como o fisioterapeuta Thiago Lobo, ex-Santos.

Foi Lobo quem colocou na rotina de Vini um acessório diferente: um anel que controla a carga e a qualidade do sono do jogador. Os dados vêm sendo compartilhados com o Real Madrid, que estuda usar o aparelho no restante do elenco. Assim como Casemiro, Vini também possui uma câmara hiperbárica, para potencializar a recuperação muscular.

Outro estafe considerado fundamental para o sucesso o 'manager' Thássilo. Ele é o responsável pela logística do entorno do jogador, para que Vini fique somente focado no futebol.

O atleta tem que ficar focado 100% no campo. É complicado para um atleta do tamanho do Vinicius, que em tese pode estar concorrendo a melhor do mundo em 2022, ficar preocupado se o irmão dele está com febre em casa. Óbvio que se o irmão estiver doente ele vai ficar preocupado, mas vai saber que toda a parte logística vai ser cuidada por alguém."

Fred Pena, CEO da TFM

Vini teve os estímulos certos e a carreira dele teve um sucesso extremamente precoce que gerou para ele um retorno financeiro que, óbvio, acaba ajudando tudo. Muito mais fácil você fazer isso tendo condições de pagar essa conta toda, porque é uma conta cara. Muitas vezes, o cara gostaria de fazer, mas não tem como."

Fred Pena

Meng Dingbo/Xinhua Meng Dingbo/Xinhua

Vini Jr entra na discussão de melhor do mundo em 2022?

  • Rodrigo Coutinho

    "Ainda não. Faz uma ótima temporada. Evoluiu. Mas ainda não está no nível de Lewandowsky, Salah e Mbappé nesta temporada."

    Imagem: UOL
  • Renato Maurício Prado

    "É cedo. Ainda é muito irregular. Tem um enorme talento e já é um jogador de destaque no futebol europeu, mas não está no nível de supercraques como Messi, CR7, Mbappé e até Neymar."

    Imagem: UOL
  • Ricardo Perrone

    "Vini Jr. faz uma grande temporada. Mas ainda está atrás de Mbappé, para ficar num nome que entendo ser forte candidato ao título de melhor do mundo."

    Imagem: UOL
  • Rodolfo Rodrigues

    "Ainda não. Ele não é nem o melhor do Real Madrid. O que podemos dizer é que ele pode ser o melhor brasileiro dessa temporada 2021/22"

    Imagem: Rodolfo Rodrigues
  • Rafael Reis

    "Não mesmo. Mesmo no Real Madrid, tem gente jogando melhor (Benzema). E caiu de rendimento nas últimas semanas. É um candidato ao prêmio de melhor do mundo, mas só para o futuro"

    Imagem: Uol
  • Milton Neves

    "Melhor brasileiro, indiscutivelmente. Mas talvez seja um pouco cedo para melhor do mundo. Mbappé ainda está umas três prateleiras acima e Messi seguirá chegando com mais nome que bola por algum tempo."

    Imagem: UOL
  • Julio Gomes

    "Ainda não. Boa temporada, grande evolução. Mas essa discussão é fora de lugar no momento, por mais que a imprensa espanhola queira já alçá-lo a posto de estrela mundial."

    Imagem: Divulgação
  • Danilo Lavieri

    "Não! Vini Jr. ainda tem que mostrar que terá regularidade no próprio Real Madrid e depois na seleção antes de pensar nisso!"

    Imagem: Uol
Denis Doyle/Getty Images Denis Doyle/Getty Images

No alto nível, jogador vira empresa e tem estrutura ao redor

Jogadores do porte de Vini Jr. atualmente demandam uma estrutura que cresce a cada dia. Além da presença de familiares ao redor, o jogador se transforma em uma empresa. A VJR é a evolução de um modelo que olha para como craques como Neymar geriram seus negócios em diversas áreas. Tarefas, das mais simples às mais complexas, acabam terceirizadas, com o objetivo de deixar o jogador o menos preocupado possível com o extracampo.

No caso de Vini Jr., a equipe de gerenciamento da carreira se divide entre escritórios em Madrid e Rio de Janeiro. Há quem lida com a gestão de imagem, quem cuida da área comercial, uma assessoria de imprensa e uma assessoria pessoal, responsável pelo cotidiano da casa na capital espanhola.

Não dá para dizer que Vini já replique totalmente o que acontece fora de campo com Neymar, especialmente no que diz respeito à forma com a qual os contratos comerciais são geridos. "O Neymar tem uma estrutura inteira dedicada 100% a ele, a do Vinicius ainda não. O Neymar tem toda a estrutura comercial e de marketing interna, ele chegou em um tamanho em que escolheram fazer isso. É o nosso benchmark fazer isso? Não necessariamente, depende de como vai evoluir", explica Pena.

Atualmente, o atacante do Real Madrid, além de fazer algumas ações pontuais, tem nove contratos de patrocínio em vigor. O Real Madrid é uma espécie de sócio e tem um percentual da receita gerada — algo na casa dos 5%. Ao mesmo tempo, o clube pode encaminhar algumas oportunidades ao jogador. "O mais marcante deles foi da Eletronic Arts, quando ele foi um dos três embaixadores do Fifa 19. Ele, com 19 anos, era embaixador de um jogo que jogou a vida inteira. Isso já demonstrava para ele o tamanho que ele estava virando", disse o representante.

Na gestão das finanças pessoais, existe um family-office baseado em São Paulo, com profissionais especializados em lidar com o patrimônio de famílias muito ricas.

Pilar Olivares/Reuters

Humildade desde o Flamengo

Ser vendido ao Real Madrid não mudou o Vini. Ele seguiu o mesmo cara humilde e educado. Quando subiu ao profissional, ficava um tanto tímido e nervoso para atender demandas de imprensa e patrocinadores, mas já conseguia se expressar bem. Jogou por mais de um ano já negociado e era o primeiro a chegar no treino e ainda fazia trabalho complementar. Estava sempre à disposição para jogar."

Tiago Pereira, assessor de imprensa do Flamengo durante a passagem de Vini Jr

Denis Doyle - UEFA/UEFA via Getty Images
Vini Jr ganhou o prêmio de melhor da partida na vitória do Real sobre o Liverpool em 2021

Instituto foca na educação

Como a maioria dos atletas de destaque fazem, Vini Jr. criou um instituto com seu nome. Mas o foco não é no esporte, como o de seus companheiros de futebol. O Instituto Vini Jr. tem como proposta melhorar a educação pública no Brasil e diminuir a diferença para o ensino privado. A organização não governamental escolheu ser digital de olho nos altos custos de um espaço físico, sobretudo no contexto da pandemia. O Instituto foi lançado há seis meses — antes disso, ficou um ano em desenvolvimento.

O projeto consiste em um aplicativo que serve de apoio para o professor dentro da sala de aula, substituindo a lousa e o giz. O conteúdo foi desenvolvido por uma equipe pedagógica de acordo com a base nacional comum curricular e atende crianças de seis a dez anos. Por enquanto, o Instituto está presente em duas escolas: uma em São Gonçalo (RJ), onde o atacante estudou, e outra em Rio Preto (MG) — uma pequena cidade com apenas dois colégios de educação pública.

O planejamento é estar presente em mais três estados até o final do ano, mas o projeto pode se expandir caso encontre parceiros. Até o momento, toda a verba vem do próprio Vini Jr. O atacante do Real Madrid entende que nem todos os atendidos por um instituto têm aptidão para se profissionalizarem em um esporte. Então, sua ideia é clara: formar novos médicos e engenheiros para além de novos jogadores de futebol.

NELSON ALMEIDA/AFP NELSON ALMEIDA/AFP

Renovação depende do mercado

Vini Jr. caiu nas graças da torcida e da diretoria do Real Madrid. Mas o que o futuro reserva para ele? Há uma aproximação entre o clube e o estafe do jogador para a renovação contratual. O vínculo atual vai até 30 de junho de 2024 e a extensão depende de variáveis internas e externas, como o comportamento do historicamente ambicioso Florentino Perez na próxima janela de transferências.

Um dos elementos considerados é se o clube espanhol vai mesmo contratar o francês Kylian Mbappé junto ao PSG. Outro astro jovem desejado no mercado é o atacante norueguês Erling Haaland. A presença de algum nome desse porte e o valor destinado a ele abrem um caminho para uma pedida mais alta do representante do brasileiro.

Da parte que diz respeito a Vinicius, a conclusão da temporada é elemento importante. O quão longe ele irá na Champions League? O jogo de hoje contra o PSG é crucial para essa projeção. Qual o nível de protagonismo na Liga Espanhola? "Toda negociação tem um fator comparativo. Prazo de contrato é discutível, temos uma expectativa e podemos fazer uma pedida, o clube pode discordar e fazer uma contraproposta. Hoje em dia, você tem cada vez mais um futebol com as variáveis de performance fortes e difíceis de negociar, tem que ser com cuidado", explica Fred Penna.

A consolidação e valorização de Vini Jr. no Real Madrid abriram caminho para que Tite, enfim, conseguisse encaixar o jogador como titular em potencial da seleção brasileira. Assim, o atacante está perto de disputar sua primeira Copa do Mundo. Mas a equação pode ser resolvida sem ela. "Não acho que a Copa tenha um peso para a negociação com o clube, não. O que tem mais peso é performance individual e coletiva do clube. Você tem aquela preocupação: você vai fazer o primeiro movimento, e se seu passo for curto demais? E aí é nosso trabalho. É um momento de estresse, tensão, muito estudo e calma", afirma Fred.

Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images

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