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'O mais difícil que já tive', diz Zé Roberto Guimarães sobre ciclo olímpico

O treinador da seleção feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, comanda equipe durante partida contra o Quênia - Toru Hanai/Getty Images
O treinador da seleção feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, comanda equipe durante partida contra o Quênia Imagem: Toru Hanai/Getty Images

Beatriz Cesarini e Felipe Pereira

Do UOL, em Tóquio

08/08/2021 05h23

Após a seleção brasileira feminina ficar com a prata ao ser derrotada pelos Estados Unidos na final olímpica do vôlei, o técnico José Roberto Guimarães admitiu que o ciclo olímpico dos Jogos de Tóquio foi o mais difícil de sua carreira. Enfrentando problemas como lesões e desistências de jogadoras, o Brasil chegou a Tóquio sob desconfianças e sem ser considerado um dos favoritos na disputa.

"Acho que a medalha de prata, para mim, vem coroar um esforço e uma superação muito grande de um ciclo que foi muito difícil. O mais difícil que eu tive, que nós tivemos, por vários aspectos", afirmou o treinador após o jogo.

Apesar dos desafios enfrentados, Zé Roberto já mira os Jogos Olímpicos de Paris, que acontecem daqui a três anos. Alguns nomes importantes do time medalhista de prata no Japão ainda terão idade para disputar a competição.

"Ainda bem que Gabi tem idade para esse ciclo, Rosamaria tem idade, Macris, Roberta, Carol Silva, essas meninas ainda têm. Temos ainda jogadoras que vão estar ajudando, todo mundo vai ter que ajudar nesse momento", disse.

Apesar de contar com algumas atletas, Zé Roberto já sebe que não terá Fernanda Garay e Camila Brait, que anunciaram que não estarão disponíveis para o próximo ciclo olímpico. Garay vai se aposentar do vôlei, e Brait decidiu não competir mais pela seleção.

Zé Roberto também afirmou que o próximo ciclo olímpico deve fazer parte de uma reconstrução da equipe feminina de vôlei, iniciando de vez a transição para uma nova geração. Para o técnico, a próxima edição dos Jogos Olímpicos deve ser "bem interessante" para observar novos talentos que estão surgindo na modalidade.

"Acho que é um ciclo que vai ser interessante de ver porque são jogadoras altas que estão aparecendo, mais jovens, mas que vão fazer suas experiências na seleção nacional. Vai ser um ciclo bem interessante de construção da nova geração que está surgindo e que eu tenho muita fé que vai dar bons resultados. Acredito muito sim", concluiu.