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Isaquias Queiroz e Godmann lideram quartas e vão às semis na canoagem

Isaquias Queiroz e Jacky Godmann durante classificatórias da canoagem  - REUTERS/Maxim Shemetov
Isaquias Queiroz e Jacky Godmann durante classificatórias da canoagem Imagem: REUTERS/Maxim Shemetov

Demétrio Vecchioli

Do UOL, em Tóquio

01/08/2021 22h13Atualizada em 02/08/2021 02h49

A dupla formada por Isaquias Queiroz e Jacky Godmann está nas semifinais do C2 1000m, categoria da canoagem de velocidade, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Os brasileiros finalizaram a bateira das quartas de final na primeira colocação na madrugada desta segunda-feira (2), do Brasil, e seguem vivos na busca por uma medalha.

Liderando de ponta a ponta, a dupla completou a prova em 3min48s611. As três primeiras duplas de cada chave se classificam para as semifinais. As demais disputam a Final B, que não vale medalha.

Na raia 5, Isaquias e Godmann tiveram um início de bateria disputado com a dupla russa, formada por Viktor Melantev e Vladislav Chebotar. Nos primeiros 250m, os brasileiros lideraram com 54s57, contra 54s90 dos russos.

Na metade da prova, os brasileiros fizeram 1min52s92 e seguiram na liderança. Na reta final, os russos foram superados por romenos e ucranianos. Os europeus, porém, não ameaçaram Isaquias e Godmann.

A semifinal e a final do C2 1000m serão nesta segunda-feira, a partir das 21h44 (horário de Brasília).

Único brasileiro a conquistar três medalhas em uma mesma Olimpíada, feito alcançado nos Jogos do Rio-2016, Isaquias também disputará o C1 1000m, na quinta-feira, às 21h44 (horário de Brasília).

Isaquias deita no deck após a prova

Aparentemente exausto, o medalhista brasileiro sentiu a dificuldade da prova. Ao terminá-la, ele imediatamente deitou-se no deck de chegada, extenuado.

"C2 é sempre pesado. A gente desequilibrou bastante na prova, tinha onda lá no início na frente da largada, acaba deixando uma onda, então, acaba acaba atrapalhando a saída. Mas a gente forçou bastante", disse Isaquias.

Ele explicou também que optaram por manter o ritmo forte mesmo depois de abrir uma boa vantagem. Segundo a dupla, foi uma estratégia do técnico, Lauro de Souza, para "impor respeito".

"A gente optou para o que o treinador mandou. O treinador mandou vir na frente, sair na frente, deixar ninguém passar na frente pra impor respeito, mostrar que estamos aqui", explicou.

O vento, que estava contra o barco na disputa, foi outro problema. Por serem leves, ter que remar com o vento indo contra o barco é uma dificuldade a mais, fazendo com que a prova fique mais difícil.

"A gente treinou bastante e fazer uma prova a mais, que é as quartas, acaba dando um ritmo a mais de prova. Chegar amanhã bem, o vento tava bem forte hoje à tarde, mas a gente superou o vento e a gente treinou", disse o medalhista olímpico.

Ajustes no barco

Após a prova, Isaquias e Jacky disseram que já imaginavam que as qualificatórias seriam difíceis devido à qualidade dos adversários que, na bateria da dupla, incluía três medalhistas no Campeonato Mundial de 2019.

Apesar de a disputa das quartas de final significar uma prova e, portanto, um esforço a mais, Isaquias afirmou que isso pode ser favorável, porque ajuda a fazer ajustes no barco.

"Isso acaba favorecendo, também acaba prejudicando, mas a gente tem um descanso longo daqui até amanhã", explicou Isaquias.

A dupla brasileira disse ainda que foi ao Japão com um objetivos claro: ganhar medalha.

"A gente não veio para cá a passeio, então, a gente vai dar o nosso máximo", disse o canoísta. "A gente não quer chegar na final só, a gente quer chegar e ganhar medalha, foi um trabalho doído, de cinco anos, então, a gente quer brigar por medalha", concluiu.