Kaio Márcio quebra recorde mundial em piscina curta

O paraibano Kaio Márcio quebrou, nesta terça-feira, o recorde mundial dos 200m borboleta em piscina curta na etapa da Copa do Mundo de Estocolmo, na Suécia. Ele nadou a distância em 1min49s11. A marca anterior era de Nikolay Skortsov, da Rússia, com 1min50s53. Antigo recordista, o russo Skvortsov ficou em segundo, com 1min50s75. O bronze foi para o britânico 1min51s32.

Com isso, Kaio, se torna o segundo brasileiro a deter, no momento, um recorde mundial na natação. O outro é César Cielo, dos 100m livre, mas em piscina longa. A marca de Cielo, 46s91, foi feita em agosto, no Mundial de Roma.

A marca dos 200m borboleta é o terceiro recorde mundial que um brasileiro quebra no ano. No dia 8 de maio, Felipe França, que conquistou a prata nos 50m peito minutos antes em Estocolmo, usou o Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro, para quebrar os 50m peito, em piscina longa, com 26s89. Sua marca, porém, caiu nas semifinais do Mundial de Roma, batido pelo sul-africano Cameron van der Burgh.

Kaio quebrou seu segundo recorde mundial. O primeiro foi no dia 17 de dezembro de 2005, quando ele nadou os 50m borboleta em 22s60. A marca é a 14ª da natação brasileira e a sétima em piscina de 25m. O outro que já foi recordista de curta da atual geração é Thiago Pereira, nos 200m medley (1min53s14), em 2007.

As outras quatro marcas são da geração de Gustavo Borges e Fernando Scherer. Em 1993, Gustavo bateu o recorde mundial dos 100 m livre, com 47s94. Uma semana depois, ao lado de Scherer, então com 18 anos, João Carlos Júnior e Teófilo Ferreira, Borges liderou o time brasileiro do revezamento 4x100 m livre que virou o mais rápido do mundo, com 3min13s97. O revezamento do Brasil quebrou mais uma vez a marca em dezembro do mesmo ano (3min12s11) e outra, em 1998 (3min10s45).

Em piscinas longas, a história é anterior. A primeira foi Maria Lenk, em 1939, com o recorde dos 400 m peito (6min15s80). Um mês depois, baixou o tempo dos 200 m peito (2min56s90). O segundo recordista brasileiro foi Manoel dos Santos, nos 100 m livre (53s6), em 1961. O terceiro foi José Fiolo, mais uma vez no nado peito, agora nos 100 m, com 1min06s4 de 1968. Depois foi a vez de Ricardo Prado, nos 400 m medley, com 4min19s78, no Mundial de Guaiquil, no Equador.

Bronze nos 50 m
Kaio Márcio ainda voltou à piscina nesta terça-feira para mais uma medalha. Apesar do cansaço, o brasileiro conquistou o bronze nos 50 m borboleta com o tempo de 22s44. O primeiro colocado foi o sul-africano Roland Schoeman, que marcou 22s08, seguido do francês Frederick Bousquet, com 22s29.