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Autor de nocaute histórico, Napão luta em SP para reaver fama e ainda sonha com cinturão

Napão, de 33 anos, busca uma segunda chance de brigar pelo cinturão dos pesados - Luiz Paulo Montes/UOL
Napão, de 33 anos, busca uma segunda chance de brigar pelo cinturão dos pesados Imagem: Luiz Paulo Montes/UOL

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

17/01/2013 12h00

Dono de um dos mais impressionantes nocautes da história do UFC, Gabriel Napão viveu um período ruim em sua carreira como lutador, chegando até mesmo a ser desligado da principal organização de MMA após uma derrota para Brendan Schaub, em outubro de 2010. O peso pesado diz que passou por um período sem foco em sua carreira dentro do octógono, e pensava mais nas academias e nos alunos que tem nos Estados Unidos.

No começo de 2012, Napão voltou ao UFC em grande estilo, ao finalizar Edinaldo Oliveira com um mata-leão em duelo no UFC 142, no Rio de Janeiro, evento que teve a defesa de cinturão de José Aldo contra Chad Mendes. Pouco mais de um ano depois, Napão fará sua segunda luta desde a volta neste sábado, no UFC SP, no Ginásio do Ibirapuera, contra Ben Rothwell Ele admite que agora é o momento de "decolar", já que ainda pensa em disputar o cinturão da categoria mais uma vez - perdeu para Randy Couture em 2007.

"Eu estava meio fora de foco, pensando muito nas minhas academias, nos meus alunos nos Estados Unidos, mas voltei com tudo. Lutei um evento antes de voltar para o UFC e ganhei, e na luta da minha volta também. Poderia ter lutado mais no ano passado, mas alguns imprevistos impediram. Vamos ver, agora é a hora de decolar nesse ano para tentar disputar o cinturão mais uma vez", afirmou ao UOL Esporte.

O período 'em baixa' de Napão contrasta com a fase que ele viveu há cinco anos, quando era considerado um dos maiores nomes dos pesados da organização. Especialmente após o nocaute que o levou à disputa do título. No dia 21 de abril de 2007, o brasileiro acertou um chute espetacular na cabeça do lendário Mirko Crop-Crop, que já caiu desacordado, em duelo válido pelo UFC 70. 

Desde então, o lutador admite que seus rivais, por terem noção do que um chute dele é capaz de fazer, têm tomado mais cuidado durante os combates. Por isso, o chute alto é uma arma mais difícil de utilizar agora, segundo Napão.

"O chute faz parte do momento da luta, e eu me preparo para todo aspecto de luta. Mas como todo mundo viu esse chute, já não é mais uma surpresa. É mais esperado e difícil de aplicar, os adversários se preparam e esperam algo deste tipo", concluiu o capixaba, que tem um cartel de 13 vitórias e seis derrotas em seu cartel no MMA. No sábado ele fará a segunda luta do card principal do evento que se encerrará com o duelo entre Vitor Belfort x Michael Bisping.