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Follmann detalha resgate na Colômbia: "Tremia de frio e gritava socorro"

 AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA
Imagem: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA

23/01/2017 10h46

Em emocionante entrevista ao "Fantástico", Jackson Follmann comentou detalhes antes e após o trágico acidente aéreo envolvendo a Chapecoense, que vitimou 71 pessoas, há 54 dias, na Colômbia. O goleiro, um dos seis sobreviventes, é o único que ainda permanece internado.

"Lembro quando o avião desligou, as luzes se apagaram. Vi que alguma coisa estava errada. O avião não chegou a cair. Depois que desligou ele começou a flutuar devagar. No momento do choque eu não lembro, eu apaguei, porque foi muito rápido. Foi muito rápido. Lembro de ter acordado (antes do resgate), sim. Abri os olhos, estava muito escuro, estava muito frio. Eu tremia de frio. Eu gritava 'socorro, eu não quero morrer'. Alguns dos amigos, que ainda estavam vivos, também gritavam", relembrou Follmann. 

"Vi minha mãe primeiro. Foi muito difícil, porque ali acordei. Chorava muito com minha mãe, com meu pai, mas começava a melhorar".

Aos 24 anos, Follmann teve parte da perna direita amputada, perdeu um osso do tornozelo esquerdo e foi submetido a uma cirurgia cervical. Às vésperas de receber alta, o que deve ocorrer nesta terça, o arqueiro falou sobre suas pretensões de casar-se com Andressa Perkovski, sua namorada. "A gente vai casar. Quando eu for a São Paulo colocar a prótese, a gente vai remarcar nosso casamento".