Botafogo envia ofício ao STJD sobre arbitragem e pode acionar Justiça Comum
Insatisfeito com a arbitragem no Campeonato Brasileiro, o Botafogo enviou ofício ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) hoje (06), dia da última rodada do torneio. O clube liderado pelo norte-americano John Textor não descarta, inclusive, acionar a Justiça Comum.
O ofício foi enviado a José Perdiz, presidente do STJD, e Ronaldo Piacente, procurador-geral do órgão. De acordo com o Botafogo, o ofício, emitido por uma empresa especializada, "é apoiado por uma análise completa da conduta dos árbitros e participantes das partidas em vários jogos impactantes da Série A".
Protagonista de um primeiro turno de alto nível, o Botafogo liderou o brasileiro por 31 rodadas e chegou a abrir 13 pontos de vantagem. No entanto, após 10 jogos sem vencer (seis empates e quatro derrotas), time alvinegro não tem nem sequer chance de ser campeão e corre risco de ficar fora do G4.
Além de solicitar providências do STJD a partir dos relatórios, o Botafogo sugeriu a intervenção do órgão para adotar medidas ligadas à arbitragem. O clube pede a regulamentação da profissão de árbitro e a criação de um ranking, como promoção e rebaixamento dos juízes, entre outras ideias.
Classificação e jogos
Fora da briga pelo título do Campeonato Brasileiro, que não conquista desde 1995, o Botafogo viu o Palmeiras arrancar para a liderança do torneio. Na visão da cúpula do clube liderado por Textor, dono da SAF, a atuação da arbitragem foi determinante na derrocada.
"O Botafogo reforça que envidará os maiores esforços no sentido de apurar os fatos narrados e contribuir para a evolução do futebol brasileiro, inclusive acionando a Justiça Comum, após esgotadas as instâncias da Justiça Desportiva", diz a nota assinada pela assessoria de comunicação do clube.
Confira a nota publicada pelo Botafogo
O Botafogo enviou, nesta quarta-feira (6), um ofício ao Presidente do STJD, José Perdiz, e ao Procurador-Geral do STJD, Ronaldo Piacente, solicitando que sejam tomadas providências com base em relatórios independentes emitidos por uma respeitada empresa de análise orientada para a tecnologia que prepara rotineiramente avaliações de árbitros e manipulação de jogos, relatórios para órgãos do futebol e como testemunha especializada em questões perante os tribunais. O ofício é apoiado por uma análise completa da conduta dos árbitros e participantes das partidas em vários jogos impactantes da Série A de 2023.
O Botafogo também sugeriu a intervenção do Tribunal para a elaboração de propostas e a adoção de medidas efetivas voltadas à melhoria e ao desenvolvimento da arbitragem e do futebol nacional:
1 - Regulamentação da profissão de árbitro de futebol profissional;
2 - Independência institucional entre a entidade que regula a arbitragem de futebol profissional e a entidade organizadora da respectiva competição;
3 - O acompanhamento técnico-científico dos lances e indicadores das partidas de futebol profissional masculino, com a contratação de empresas de auditoria independente, especializadas na análise de dados desportivos;
4 - Criação de ranking de árbitros baseados nos erros cometidos ao longo do campeonato e, com base neste ranking, a adoção de critérios de promoção e rebaixamento para árbitros;
5 - Transparência na escalação de árbitros para partidas de futebol profissional; além de outras medidas que venham a ser indicadas.
O Botafogo reforça que envidará os maiores esforços no sentido de apurar os fatos narrados e contribuir para a evolução do futebol brasileiro, inclusive acionando a Justiça Comum, após esgotadas as instâncias da Justiça Desportiva.
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