António alfineta insistência em 'tema' Coronado e brinca sobre Róger Guedes

O técnico António Oliveira se incomodou ao ser questionado diversas vezes na entrevista coletiva sobre Igor Coronado, um dos destaques do Corinthians na vitória sobre o Racing-URU. Ele também brincou sobre a presença de Róger Guedes na Neo Química Arena

O que aconteceu

O treinador português soltou uma alfinetada pela insistência no "assunto" Coronado. O meia de 31 anos foi titular pela primeira vez em Itaquera e anotou uma pintura para fazer o terceiro gol da partida. O jogador escolhido para ir à coletiva com António foi Yuri Alberto, autor de outro gol.

Terceira pergunta, duas sobre ele... Avisei para vir o Coronado. Cada coisa no seu tempo. Hoje é evidente que os holofotes vão estar sobre o Igor, mas seria injusto sobre o restante do trabalho da equipe. António Oliveira

António evitou individualizar e dividiu os méritos entre todos do grupo. Um a um, ele foi citando os jogadores do elenco e ressaltou que um atleta sozinho não ganha jogos.

Há uns dias era o Wesley, mas ele sozinho não ganha jogos. Assim como o Igor fez um grande gol hoje e, sozinho, não consegue ganhar jogo. É um sistema, conjunto de jogadores que são todos determinantes. Não posso falar só do Coronado, tem que falar de todos. Não gosto de individualizar, todos eles são importantes.

Ele também brincou sobre uma possível repatriação de Róger Guedes. Ex-Corinthians, o atacante do Al-Rayyan, do Qatar, esteve no estádio assistindo ao jogo.

Quem não gosta do Róger Guedes? Que fique por aí, quero ser treinador dele, nem volta. Gosto muito dele, jogador de grande talento e qualidade.


O que mais António Oliveira disse

Coronado no time titular: "Olhamos para o adversário e fazemos uma análise sobre ele, percebemos os espaços que podemos explorar e tentamos encaixar os jogadores. Coronado ajudou o Garro? Mas também ajudou o Bidon, o Fagner, porque é um time. Não é Coronado Futebol Clube, ou Garro FC, é o Corinthians".

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Pedido à torcida: "Queria [ver dos jogadores] duas vezes mais do que costumam dar, e eles deram. Torcida que me tem apaixonado e que não tinha visto nada parecido... Tem aparecido sempre, marcado presença e sendo determinantes dentro da Arena. Vou pedir, se me dão essa possibilidade, para darem duas vezes mais no sábado [contra o Botafogo]. É muito importante, mais uma final que queremos sair vitoriosos".

Análise da partida: "Acho que o jogo anterior foi mais equilibrado. Hoje até sofremos mais finalizações do que gostaria, mas isso as pessoas pouco importam. Sou quem tem que ser mais racional dentro desse processo e ver onde acertamos e temos que corrigir e evoluir. Estou muito orgulhoso dos jogadores. Atingimos um objetivo que era ganhar o jogo e terminar em 1º".

Sem jogo fácil: "Hoje em dia não há equipes fáceis, por mais inferiores que sejam, pelo menos uma, duas oportunidades vão ter. Hoje as equipes tecnicamente inferiores se organizam minimamente. Desfrutar agora, mas são 15 minutos para celebrar e preparar amanhã para o próximo jogo".

Paulinho: "Era fã dele e nunca sonhei em ser treinador dele. Levar um amigo para a vida, isso não tem preço. Pode vir Yuri a fazer 300 gols na Arena, Garro e Coronado jogando juntos, nada substitui a amizade que nutro por eles. Foi um privilégio para mim ser treinador de um dos melhores jogadores do mundo. Carreira brilhante que fez, chegar ao Barcelona, seleção brasileira, pessoa extraordinária. Vou falar aos meus netos com orgulho que fui treinador do Paulinho".

Lideranças no time: "Um vestiário é basicamente uma sociedade, existem grupos. Com a ausência do Cássio, uma liderança forte que todos gostávamos muito, mesma situação do Paulinho, a sociedade se adapta e as novas lideranças emergem. Não são impostas. Novas lideranças vão emergir de forma natural."

Pedido à diretoria por Fagner: "Espero que preservem o Fagner. Ouço cada disparate, mesmo antes de chegar ao Corinthians, sobre ele. É uma pessoa extraordinária, íntegro, que se entrega de corpo e alma. Capaz de ser top 3 laterais direitos do Brasil... Espero que não seja nada grave [lesão], ele é importante dentro e fora de campo. Temos que preservar mais um ídolo, por tudo o que já viveu e respeito pelo grupo, o que agrega".

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Atuações de Hugo: "É o exemplo da falta de paciência que as pessoas têm. Se eu eventualmente fosse para as redes sociais, Hugo nunca jogava. Só que as pessoas querem resultados para ontem, não percebem o contexto de onde os jogadores vieram. Com todo respeito ao Goiás, ele veio para o Corinthians. Temos que ter alguma paciência, eu próprio. E se eventualmente não fizer um jogo bom, não é tirar. É dar confiança, corrigindo. Salta aos olhos a evolução que tem, está adaptado cada vez mais".

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