'Pensei que levaríamos KO e nocauteamos no 12º round', diz Abel após virada

Abel Ferreira admitiu que pensou que o Palmeiras seria "nocauteado" pelo Independiente del Valle no jogo marcado por uma virada histórica alviverde pela Copa Libertadores. A equipe equatoriana dominou os primeiros 45 minutos, abriu 2 a 0 no placar e fez o Alviverde terminar o 1º tempo com apenas 22,7% de posse de bola — o pior índice na Era Abel.

O que ele disse

A maior satisfação que um treinador pode ter, na minha opinião, é ver os jogadores que entraram no jogo virarem o resultado e a forma como todo o grupo celebrou o gol. É algo que é difícil explicar, mas que se sente. Parabéns ao Independiente del Valle, não fez um KO mas em determinado momento pensei que levaríamos um KO aqui. Mas soubemos aguentar, esperar nosso momento e aí sim, no 12º round demos um nocaute em nosso adversário. Mas acho que ambas equipes estão de parabéns, e o Palmeiras também por nunca desistir. Esse grupo tem isso desde sempre: nunca desista.
Abel Ferreira

Veja outras declarações do treinador

Domínio do Del Valle: "O primeiro tempo foi muito duro. 30 minutos muito duros, a capacidade de se adaptar ao clima foi muito dura. O verdadeiro ajuste veio no intervalo. O gol nos colocou no jogo. Pedi calma, fizemos ajustes e entramos muito melhores".

Virada heroica: "Foi uma virada do time da virada, do time do amor. É um orgulho muito grande estar junto desse grupo e viver essas emoções. Não é a primeira vez, mas dificilmente um dia viverei isso em algum lado".

Receita para bater o Del Valle: "Equipe que vier jogar aqui e não conseguir ter bola, será massacrada o jogo todo. As duas grandes modificações foram essas: sem bola, quatro no corredor, e com bola nós somos o Palmeiras, custe o que custar. Foram essas as correções que fizemos na segunda parte".

Dificuldade da partida: "Não é fácil jogar aqui, não é fácil ganhar aqui. O Del Valle vinha de 9 jogos sem perder. Passamos sérias dificuldades. Agora o explicar o porquê de as únicas derrotas do Del Valle aqui são para o Palmeiras, eu não sei. Preciso que vocês me ajudem".

Destaque dos jovens criados na base do Palmeiras: "Eu, como treinador e como homem, tenho a missão de ajudar. E eu venho da formação. Eu sei o quanto esses moleques têm de vontade. Às vezes é só preciso de calma. Foi uma frase que aprendi aqui, é tudo no tempo de Deus".

"Quando vemos o Estêvão fazer gol ou o Luis... É como ver o filho tirar uma boa nota. É um orgulho! Sei o quanto trabalham e querem. Às vezes tenho que colocar travas, falar coisas que não gostam de ouvir, assim como filhos. Às vezes chamam 'é o pior pai do mundo', eles já devem ter pensado 'é o pior treinador do mundo'. Mas minha função é ajudar. E quando vejo isso traduzido em resultado, meu coração enche de alegria. Orgulho muito grande".

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