Duas das principais entidades mundiais do esporte se reuniram para definir diretrizes de combate à manipulações de resultados na Euro e nos Jogos Olímpicos de Paris.
O que aconteceu
Uefa e COI promoveram um encontro com confederações e casas de apostas em prol de uma "força tarefa" contra possíveis fraudes. A reunião foi realizada recentemente em Lausanne, na Suíça e teve como objetivo definir estratégias para, além de inibir, lidar com casos suspeitos com maior rapidez.
Em 2023, foram 184 alertas de suspeita de manipulação de resultados, de acordo com a Ibia (International Betting Integrity Association). O número apresenta uma redução de 35% em relação a 2022. Parceira das entidades, a empresa é responsável por receber dados das casas de apostas e repassar para as autoridades.
Presente no evento, a diretora de compliance do Galera.bet, Paula Braytne, contou o que presenciou e revelou que o diferencial para os próximos eventos será o investimento em novas tecnologias.
Classificação e jogos
Entidades como Ibis e Ibia fornecem sistemas efetivos e seguros de envio de alertas e investigações, sendo estes adotados por muitos agentes envolvidos nos esportes e operadores de apostas esportivas.
O futebol é o esporte com a maioria dos alertas, seguido pelo tênis — com 63 e 54 suspeitas, respectivamente. Outras modalidades olímpicas como boxe, basquete, vôlei, badminton e tênis de mesa também foram citados no documento. Os alertas contribuíram para as investigações e consequente punição de 21 clubes, jogadores e oficiais, um aumento em relação aos 15 sancionados no ano anterior.
O esporte por si só não pode erradicar a viciação de resultados. Devemos trabalhar em conjunto e aumentar a sensibilidade, partilhando informações e garantindo a existência de sistemas robustos de prevenção e detecção com o intuito de proteger o desporto e os atletas. Vincent Ven, chefe de Combate na viciação de resultados da Uefa
A Euro 24, que será na Alemanha, contará com uma unidade anti-manipulação de resultados sediada na Suíça. O grupo trabalhará em colaboração com entidades de operadores e reguladores de apostas, autoridades públicas e associações nacionais.
O COI, por sua vez, monitora todas as apostas em competições olímpicas desde os Jogos de Pequim de 2008. A entidade desenvolveu processos para reportar, monitorizar e investigar quaisquer ocorrências de manipulação competitiva no esporte, e padrões irregulares são analisado com o apoio das forças policiais nacionais e internacionais, incluindo a Interpol.
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