A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de homologar o pedido da Justiça italiana e decretar a prisão imediata de Robinho no Brasil repercutiu no exterior.
O que aconteceu
O jornal "Bild", da Alemanha, afirmou que a decisão foi um "justo castigo". O veículo destacou os nove anos de prisão aos quais o ex-jogador foi condenado na Itália por estupro e a espera para que o STJ julgasse a transferência do cumprimento da pena para o Brasil.
"Novo golpe para Robinho", escreveu a "Gazzetta dello Sport", da Itália, onde Robinho cometeu o estupro. O jornal citou as declarações recentes do ex-jogador, que alegou ser inocente, e detalhou a sentença definida pela Justiça italiana em 2022 e que será cumprida no Brasil.
O "Daily Mail", da Inglaterra, definiu a decisão tomada pelo STJ como um "julgamento histórico". O jornal inglês destacou o fato de o Brasil ter acatado o pedido da Justiça italiana para que uma pessoa nascida no país cumpra a pena em seu próprio território.
"Medida inédita", publicou o "The Sun", também da Inglaterra, que foi mais um jornal a evidenciar a decisão do STJ de homologar o pedido da Itália para uma prisão dentro do próprio país, já que o Brasil não extradita seus cidadãos.
Prisão de Robinho
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu por 9 votos a 2 pela prisão do ex-jogador Robinho em solo brasileiro. Ele foi condenado a 9 anos de prisão na Itália por um estupro coletivo cometido em 2013.
Nove ministros presentes da Corte Especial do STJ votaram a favor do pedido da Justiça italiana. Dois votaram contra.
Os ministros também formaram maioria pelo cumprimento imediato da pena. Este pedido agora vai para a Justiça Federal de Santos, que tratará de executá-lo.
A defesa de Robinho vai pedir um Habeas Corpus. A ideia já foi sinalizada antes mesmo de os ministros formarem maioria pela detenção imediata e confirmada pelo advogado do ex-jogador, José Eduardo Alckmin, após o julgamento.
O caso
Robinho e mais cinco amigos foram denunciados por estupro por uma mulher albanesa. O caso aconteceu no dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Até hoje, apenas ele e Ricardo Falco foram condenados.
Os outros quatro amigos de Robinho não foram condenados. Como todos já haviam deixado a Itália durante as investigações, eles não foram localizados pela Justiça para serem notificados para a audiência preliminar que aconteceu em 31 de março de 2016. Assim, o juiz resolveu separar os casos
Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou violência sexual. Ele reforçou o discurso em 2020, em entrevista ao UOL.
Ainda em 2020, quando já havia sido condenado em primeira instância, ele acertou seu retorno ao Santos. O Peixe, no entanto, suspendeu o contrato com o atacante dias depois por causa da pressão da torcida e da imprensa pelo caso.
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Quero receberEm 2022, Robinho foi condenado na terceira e última instância da Justiça italiana a nove anos de prisão. Entretanto, ele nunca foi preso por já estar no Brasil, que não extradita seus cidadãos. Sendo assim, a Itália pediu para que o Brasil julgasse a possibilidade de o ex-jogador cumprir a pena em solo brasileiro.
O Ministério Público Federal se manifestou a favor da prisão de Robinho. O vice-procurador geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, mencionou as gravações feitas pela Justiça italiana que levaram à condenação de Robinho. Essas gravações foram publicadas pela primeira vez no podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho.
Mais sobre o caso
O podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho trouxe áudios inéditos usados pela Justiça italiana para condenar Robinho e Ricardo Falco pelo estupro.
Ouça todos os episódios de UOL Esporte Histórias - Os grampos de Robinho
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