'Agora eu sei o que é Flamengo x Vasco', diz Tite após vitória no clássico

O técnico Tite valorizou o comportamento do Flamengo e a atmosfera do clássico com o Vasco, hoje (22), no Maracanã, que terminou com vitória rubro-negra por 1 a 0. O treinador exaltou a postura do time e disse que o Fla mereceu o resultado construído após o gol de Gerson, no segundo tempo.

"Antes eu não sabia o que era. Agora eu sei o que é Flamengo x Vasco, a emoção do jogo, a atmosfera, duas grandes equipes, história dos dois lados. Feliz pelo desempenho. Houve momentos do jogo que a gente controlou e outros a gente dominou. Isso alterna em jogo desse tamanho. Feliz pelo resultado final, com a sensação de que o time foi merecedor. Isso deixa feliz", disse o treinador, que acrescentou:

"Na estreia, disse que estava com a perna tremendo, boca seca e estômago embrulhado. Foi fora (de casa). Agora, acrescido que foi no Maracanã. A emoção fica aflorada. É do torcedor, mas é a nossa também".

O Tite tem que adquirir a cara do Flamengo. E não o Flamengo a cara do Tite.

— Tite, técnico do Flamengo

Outras respostas de Tite

Sensações após o jogo

"Não sei te responder agora. Talvez quando eu chegar em casa, com minha família. O jogo foi muito intenso. O Vasco, estrategicamente, colocou muita velocidade, intensidade. E nós com um dia a menos de recuperação, isso conta muito. Uma equipe do Vasco já estruturada. Fez os primeiros 15 minutos acelerados. Depois, deu uma assentada e terminamos melhor o primeiro tempo. Depois, voltaram acelerados. Nos homens de frente, houve a necessidade de trocas, até pelo desgaste do jogo anterior. Os que entraram foram bem, dando resposta".

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Rodrigo Caio

Fabio Mahseredjian: Chegamos há 15, 20 dias. O Rodrigo tem treinado muito bem, está apto e por isso está no banco de reservas. Ele vem treinando, faz tudo o que todos atletas fazem. Ele é um atleta, na palavra. Merecedor de jogar. O Tite vai decidir a hora, mas nos deixa muito feliz pelo empenho dele e pela saúde que agora ele tem, com certeza.

Tite: A pressão não é só de vocês (jornalistas) com atleta, mas ele me botou pressão também para escalar.

Fabio: Se fosse eu, já colocava.

Tite: Eu queria colocar mais que 11.

Gabigol no lugar de Pedro

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"Quando tem um jogador de movimentação, o ritmo acelerado do início vai caindo. E o jogo fica mais jogado. E ele também proporcionou ao Gabriel as movimentações de atacar espaço. Mas ele entra com a cabeça boa também. Se o atleta não tiver bem preparado, entra sem o mesmo nível. É importante a equipe ter peças de reposição mobilizadas e treinadas. Perde em bola aérea, mas ganha em movimentação, jogada de aproximação".

POSICIONAMENTO DE GERSON

"O jogo teve muitas etapas. Diferentes jogos dentro do mesmo jogo. Até a hora do nosso gol, tínhamos 55% de posse de bola, um jogo mais apoiado. Nós tentando imprimir um jogo mais de triangulação e aproximação, que é a cara do Flamengo e que é o que eu gosto. A mesma cara. E o Vasco no duelo de transições, com bola aérea, com uma equipe montada, estruturada, coordenada, lateral mais espetado. Piton estava trabalhando como quinto (na linha mais adiantada). Tivemos problemas, a bola atravessando. Tínhamos que fazer o ponto de equilíbrio entre neutralizar o adversário, o desgaste físico e a condição técnica. Exigiu bastante o foco de atenção. Por isso a inversão de lado do Gerson. Ele fazia aqui. Antes era Payet e depois o jogador de velocidade pelo lado para fazer o quinto. Por isso não botar o Luiz Araújo pelo lado direito depois e colocar o Everton Ribeiro, porque tem jogada de combinação com o Wesley. Com bola, tem a jogada de transição e aproximação. Na fase defensiva, foi de forma coordenada".

Formação do meio-campo

"O desenho que a equipe tem é de um Flamengo com um meio-campo que salta os olhos. Thiago Maia, Pulgar, Gerson, Allan, Arrascaeta, Everton Ribeiro... aí tu compõe. E a equipe dita ritmo com os quatro jogadores do meio-campo e dois homens de frente. O DNA do Flamengo historicamente é Lico, Andrade, Adilio, Zico... Não estou comparando. Mas a ideia é ter posse e criatividade".

Mais sobre Gerson

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"Ele trabalhou em diferentes setores. Ele tem um domínio de posições/funções. Jogou pela esquerda na França, por vezes como segundo atacante. Jogou aqui pelo lado direito com o Rogério Ceni e Sampaoli. É um jogador que empresta uma característica de retenção na frente e jogo apoiado. Depois, ele chega, como aconteceu. Ele é moderno, versátil. Trabalha como um segundo meio-campista também quando você tem outro jogador para soltar mais. É um jogador extremamente moderno e de muita qualidade".

Goleiro Rossi

"Teve uma defesa em um cabeceio e foi determinante. Cada momento é decisivo. A efetividade e criatividade do homem da frente. É muito difícil neutralizar cabeceio do Vegetti. Ele sai do campo de visão do lado contrário. Esse cabeceio ele ataca como poucos. Vi pouco pivôs atacando com essa virtude. Era inevitável. Em alguns momento iria acontecer e nesses momentos era necessário (Rossi). Essas percepções e inteligência do sistema defensivo também. A gente precisa da individualidade e do contexto todo também".

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