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Mãe de Eliza critica vaquinha para goleiro Bruno: "Tortura que não tem fim"

Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio, e Bruninho, filho do goleiro Bruno - Arquivo Pessoal
Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio, e Bruninho, filho do goleiro Bruno Imagem: Arquivo Pessoal

Do UOL, em São Paulo

17/08/2022 19h40

A mulher do goleiro Bruno anunciou na última segunda (15) uma vaquinha para pagar a pensão em atraso do filho do atleta com Eliza Samudio, assassinada a mando dele em 2010. A campanha já arrecadou mais de R$ 19 mil. O ex-goleiro, que cumpre pena em prisão domiciliar por homicídio triplamente qualificado, teve a prisão decretada em 10 de agosto por acumular uma dívida de R$ 90 mil.

Ao UOL Esporte, a mãe de Eliza, Sônia de Fátima, comentou a nova manobra do goleiro.

Parece que essa história nunca vai ter fim. É uma tortura. Me sinto em uma novela mexicana. É só chororô atrás de chororô e não tem desenrolar. Qualquer um pode fazer vaquinha, mas eu acredito que ele esteja fazendo isso para arrecadar um dinheiro que ele já tem. Não porque se importa com o filho, porque nunca se importou, mas para não ser preso"
Sônia de Fátima, mãe de Eliza Samudio

Segundo o portal Notícias da TV, o mandado de prisão não pôde ser executado devido a um erro da Justiça do Rio de Janeiro. A 1ª Vara da Família de Cabo Frio (RJ) enviou o documento com o pedido de prisão em urgência, mas só oficiais da Polícia Civil podem cumprir mandados de prisão por pensão alimentícia.

Sônia, que há quatro meses perdeu o marido em decorrência de paradas cardiorrespiratórias, conta que Bruno entrou em contato com a advogada da família e propôs um acordo.

"Inicialmente, eu aceitei. Então, ele deu entrevistas dizendo que tinha tentado fazer acordo e que não tínhamos aceitado. Mentira. Depois, tentou um segundo acordo. E, aí, eu não quis mesmo".

A mãe de Eliza Samudio afirmou no início deste ano que o goleiro nunca pagou a pensão alimentícia do filho, que completou 12 anos em 2022. "Ele está falando que quero me vingar. Não quero vingança, quero justiça. Quero o que é do Bruninho por direito. Ele já não tem a mãe dele, que o próprio pai mandou matar", diz.

Bruninho, a avó conta, sabe de tudo. Às vezes, pega o celular da avó e pergunta se o pai vai ser preso; ou, então, se vai pagar o que deve. "Ele é muito lúcido e muito responsável. Está criando a própria história".

O UOL tentou contato com a assessoria de imprensa de Bruno, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.