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Palmeiras rescinde com zagueiro Renan, por justa causa, após acidente fatal

Zagueiro Renan, emprestado pelo Palmeiras ao Red Bull Bragantino - Reprodução
Zagueiro Renan, emprestado pelo Palmeiras ao Red Bull Bragantino Imagem: Reprodução

Diego Iwata Lima

Do UOL, em São Paulo

02/08/2022 14h00

O Palmeiras rompeu o contrato do zagueiro Renan por justa causa nesta terça-feira (2). Em 22 de julho, Renan colidiu seu carro com a motocicleta pilotada por Eliezer Pena, de 38 anos. O motociclista morreu na hora. O acidente aconteceu na Rodovia Alkindar Monteiro Junkeira, no município de Bragança Paulista, no interior de São Paulo.

O Palmeiras aguardava que a Red Bull, controladora do Red Bull Bragantino, fizesse os trâmites que cabiam a ela para que, enfim, pudesse fazer sua rescisão com o atleta. Para efeitos trabalhistas e federativos, poe estar emprestado, Renan era atleta da equipe interiorana, embora seus direitos econômicos pertencessem ao Palmeiras. O jogador tinha contrato com o Alviverde até 2025.

Para corroborar a rescisão por justa causa, o Palmeiras se apoiou na conduta inaceitável do atleta e na gravidade do caso. Renan, inclusive, dirigia sem estar legalmente habilitado, já que não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e sua permissão temporária para dirigir estava suspensa.

O jogador também teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal, para que não viaje ao exterior. Por determinação da Justiça, ele também não pode deixar o Estado de São Paulo. As duas obrigações legais impossibilitam que o jogador exerça sua profissão, o que também foi argumento do clube para a ruptura por justa causa.

Segundo fontes ouvidas pelo UOL Esporte, o clima no Palmeiras é de consteranação pela morte de Eliezer Pena e de decepção geral com Renan. O clube apostava muito no jogador, que fazia parte das categorias de base alviverdes desde os 11 anos de idade.

De certo modo, o Palmeiras se sentiu traído por ter investido por quase uma década num atleta que não dará mais nenhum retorno financeiro ou esportivo para o clube, e que era visto como muito promissor.

Renan seguiu morando em Bragança Paulista nos dias posteriores ao acidente, mas começou a ser alvo de ameaças, já que morava num condomínio residencial de prédios bastante conhecido na cidade. O jogador então retornou a Itapevi, na Grande São Paulo, onde nasceu.

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