Bahia critica polícia após desfecho de atentado contra Danilo Fernandes
A página oficial do Bahia no Twitter criticou, na tarde de hoje, a polícia após o desfecho do atentado contra o ônibus do time em fevereiro — na ocasião, o goleiro Danilo Fernandes foi um dos atletas mais atingidos e quase perdeu a visão. Ele precisou passar por uma cirurgia.
No texto, o clube ironizou a "promessa de rigor das autoridades" nas investigações e lamentou que o caso tenha sido encerrado como "lesão corporal leve", considerado um crime de baixo potencial ofensivo.
"Atenção, Brasil: sabe o atentado ao nosso ônibus, que quase cegou Danilo Fernandes e poderia ter matado pessoas? Após quatro meses de inquérito e promessa de rigor das autoridades, a Polícia da Bahia encerrou o caso como lesão corporal leve", iniciou o Bahia.
Na parte final do texto, o time cutucou a decisão das autoridades. "Quando morrer alguém, não adiantará lamentar."
A Polícia Civil indiciou quatro pessoas, todas integrantes da torcida organizada Bamor, por "lesão corporal leve" e "crime contra a incolumidade pública" em meio ao caso. Todas elas respondem em liberdade.
O código penal brasileiro estabelece uma pena de reclusão de três meses a um ano para o tipo de lesão citada pelo clube e decretada pela Justiça.
No caso do crime contra a "incolumidade pública", a punição pode aumentar e saltar para três a seis anos de prisão ao infrator.
Relembre o atentado
No dia 24 de fevereiro, minutos antes de Bahia x Sampaio Corrêa, jogo válido pela Copa do Nordeste e disputado em Salvador, o ônibus do time baiano foi alvo de uma explosão o elenco se dirigia para a Arena Fonte Nova.
Segundo o clube, Danilo Fernandes foi o mais atingido por estilhaços no rosto e chegou a ir para um hospital perto do estádio. O então técnico Guto Ferreira afirmou que a bomba atirada para dentro do ônibus feriu o goleiro em local muito próximo dos olhos.
Os jogadores, junto da comissão técnica e diretoria do clube, decidiram que era melhor jogar a partida, que começou com cerca de dez minutos de atraso. Na época, Guto afirmou que o grupo quis "cumprir o dever profissional".
Além de Danilo Fernandes, o lateral Matheus Bahia e o atacante Marcelo Cirino não puderam enfrentar o Sampaio Corrêa naquele dia devido ao incidente.
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