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Godín volta à Libertadores após 15 anos e vê Atlético-MG entre os favoritos

Godín disputou a Libertadores apenas uma vez, em 2007, pelo Nacional-URU - Pedro Souza/Atlético-MG
Godín disputou a Libertadores apenas uma vez, em 2007, pelo Nacional-URU Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG

Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

06/04/2022 04h00

Em 22 de maio de 2007, o Nacional-URU empatou em 2 a 2 com o Cúcuta Deportivo-COL, no estádio Parque Central, em Montevidéu. Com o resultado, a modesta equipe colombiana avançou à semifinal da Libertadores, já que havia vencido um dos mais tradicionais clubes do continente no jogo de ida por 2 a 0. Quem esteve em campo naquela fria noite uruguaia foi o zagueiro Diego Godín.

Era a primeira edição que o defensor participava do torneio continental e também foi a última, até então. Passados 15 anos, o experiente atleta volta a atuar na Libertadores. Recuperado de dores no joelho, Godín está com a delegação atleticana em Ibagué, na Colômbia, para o duelo na noite de hoje (6), às 21h, diante do Tolima, no estádio Manuel Murillo Toro.

Em 2007, o promissor Diego Godín foi um dos destaques do Nacional, eliminado nas quartas de final do torneio. Então com 21 anos, o zagueiro foi titular nas dez partidas disputadas pelo clube uruguaio e não foi substituído em nenhuma. Vestindo a camisa 3, e com muito mais cabelo, foram dois gols marcados durante campanha, sobre o Veléz Sarsfield, da Argentina, e o Necaxa, do México. Vale destacar que naquela época não existia suspensão pelo acumulo de cartões amarelos, então Godín escapou de ficar fora de uma partida.

As boas apresentações na Libertadores pelo Nacional despertaram o interesse dos clubes europeus. De Montevidéu ele seguiu para o Villarreal, da Espanha, e depois foi para o Atlético de Madri. Aliás, foi no clube da capital espanhola que Godín marcou época. Foram duas finais de Liga dos Campeões e dois títulos na Liga Europa.

É com toda essa experiência que o Atlético-MG conta para tentar vencer a Copa Libertadores pela segunda vez na história. "O Atlético é um dos favoritos e vai lutar pelo título", afirmou o zagueiro.

"É o torneio mais importante do continente e todos querem ganhar, todos se prepararam e todos sonham com esse título. E nós também. Será um torneio duro, desde o primeiro jogo e espero que até a final, pois são todas as equipes campeãs em seus países, são equipes fortes e por algum motivo estão na Libertadores. Por outro lado, eu confio muito no nosso grupo. Já mostramos outras vezes a nossa qualidade, a vontade de ganhar. Ano passado, o grupo ficou próximo da final e, agora, já sabe o caminho de como é chegar na semifinal. Sabendo o caminho é mais fácil, mesmo sabendo que serão jogos difíceis, viagens longas e ir a países com times fortes. Mas eu confio e a torcida do Atlético sabe da força e da qualidade que essa equipe tem para brigar pelo título até o final".

São 15 participações nas principais competições europeias, somando Liga dos Campeões e Liga Europa, contra apenas uma Libertadores e uma Sul-Americana. Mas acostumado a jogar frequentemente na América do Sul, pela seleção do Uruguai, Godín aponta as longas viagens como o grande diferencial entre os dois continentes. Para a estreia, por exemplo, o Atlético encarou 12 horas de viagem, entre a saída de Belo Horizonte e a chegada em Ibagué,

"As viagens são parte desta Copa. Na América do Sul temos viagens longas, é cansativo. É jogar fora de casa, depois voltar e jogar outro campeonato. Mas eu já estou acostumado e gosto disso. Volto com muita vontade de jogar uma Libertadores, faz muito tempo que não sinto essa sensação, essa emoção. E ainda lutar por um título tão importante a nível continental."

Fica a dúvida se Godín será titular. Fora do clássico com o Cruzeiro, que valeu o título do Campeonato Mineiro, o zagueiro disputa com Junior Alonso um lugar no time. Quem vai jogar? Godín jogou a dúvida para o técnico Turco Mohamed. "Essa pergunta precisa ser feita ao treinador".

Sobre a ausência na decisão do Estadual, o zagueiro explicou que foi algo conversado em função da sequência de jogos que se inicia nesta quarta. "Já vinha com algum incômodo por algum tempo. Então decidimos junto do departamento médico da seleção (Uruguai) e do Atlético que era o momento de fazer um tratamento por alguns dias, já que a partir de agora temos jogos jogos pela frente e não haverá mais tempo para descansar".

Reforço do Atlético para a temporada 2022, Godín disputou somente cinco partidas pelo clube e tem um gol marcado. Com ele em campo, o Galo venceu quatro vezes e empatou uma.

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