O baiano Ednaldo Rodrigues foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para comandar a entidade até 2026. Candidato único, ele já ocupava o cargo como interino desde agosto de 2021 e teve 137 votos, com a eleição acontecendo mesmo em meio a uma decisão movida na Justiça de Alagoas pelo vice-presidente Gustavo Feijó.
No UOL News Esporte, José Trajano afirma que não confia em nenhum presidente da CBF, lembrando que os últimos que passaram pelo cargo estão hoje afastados do futebol e alguns não podem nem deixar o Brasil.
"A CBF é a casa da mãe Joana. Eu não confio nessa gente, as reuniões da CBF têm jetom, os caras ganha uma grana. Os presidentes de federação que estão apoiando o baiano [Ednaldo] também ganham uma grana", diz Trajano.
"É um pior do que o outro, um atrás do outro, nós temos uma relação de incompetentes e até de trambiqueiros que vêm desde o João Havelange para cá que eu não confio em nenhum presidente da CBF", completa.
Eduardo Tironi afirma que Rodrigues é mais um que foi colocado no cargo para que outros dirigentes afastados da CBF possam continuar exercendo influência no futebol brasileiro e lamenta que os clubes tenham apoiado a eleição com candidato único.
"O que está acontecendo agora eu acho que é a cereja no bolo, vai lá o Ednaldo Pereira e vira presidente, que evidentemente vai ser um testa de ferro de todos esses outros que tomaram bico no traseiro recentemente e estão fora de direito, mas não estão fora de fato das coisas da CBF", diz Tironi.
"A coisa que o Trajano fala há uns 50 anos, eu há uns 40, os clubes não estão nem aí, eles apoiam esse cara em troca de liga, talvez, quem sabe vá virar a liga, e eles apoiam esse tipo de coisa, apoiam, por exemplo, que as federações tenham mais poder que os próprios clubes nas votações, é uma tristeza. O bom disso é que se sair essa liga a CBF vai ficar ainda mordendo a sua cota de dinheiro, mas vai mandar muito menos, ainda bem", conclui.
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