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Atlético-MG quer Pavón logo, mas relação ruim com o Boca Juniors atrapalha

Placa entregue pelo Boca Juniors ao Altético-MG, antes dos duelos pelas oitavas da Libertadores de 2021 - Pedro Souza/Atlético-MG
Placa entregue pelo Boca Juniors ao Altético-MG, antes dos duelos pelas oitavas da Libertadores de 2021 Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG

Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

27/02/2022 04h00

De pré-contrato já assinado com o Atlético-MG, o atacante Cristian Pavón, de 26 anos, tem de se apresentar ao clube mineiro em julho, assim que ficar sem vínculo com o Boca Juniors. Porém, a diretoria alvinegra trabalha para que o argentino chegue alguns meses antes à Cidade do Galo. O desejo alvinegro é de ter o reforço já em março.

Mas não será nada fácil e muito pela relação ruim que existe entre Atlético e Boca Juniors. Tudo começou na Copa Libertadores do ano passado, quando os dois clubes se enfrentaram nas oitavas de final do torneio. O Galo avançou de fase ao vencer a disputa de pênaltis, após dois jogos empatados em 0 a 0.

Pavón disputa bola com Hulk, no duelo entre Boca e Atlético-MG, pela Libertadores de 2021 - Pedro Souza/Atlético-MG - Pedro Souza/Atlético-MG
Pavón disputa bola com Hulk, no duelo entre Boca e Atlético-MG, pela Libertadores de 2021
Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG

O clube argentino reclamou demais da arbitragem já que teve gol anulado após interferência do VAR nos dois jogos. Vice-presidente do Boca e ídolo xeneize, Riquelme fala até hoje dos confrontos com o Galo. A última declaração dele foi cinco dias atrás.

"Todos sabemos que o Boca venceu os dois jogos da Libertadores contra o Atlético-MG, todos sabemos que o Boca é quem melhor disputou aquela Copa Libertadores", comentou o ex-jogador e agora dirigente.

A partida do Mineirão terminou em tumulto, com alguns jogadores do Boca levados para uma delegacia na capital mineira e embarque para Buenos Aires atrasado em várias horas. Inclusive, foi necessário o pagamento de fiança para que os atletas argentinos fossem liberados pela polícia. Apesar dos R$ 6 mil emprestados pelo presidente do Atlético, Sérgio Coelho, a relação entre os dois clubes se deteriorou.

O Boca teve dirigentes e jogadores punidos pela confusão criada nos corredores do Mineirão. Inclusive, Pavón pegou seis jogos de suspensão na Libertadores justamente pelo comportamento dos membros da delegação argentina após a eliminação para o Galo.

Como o atacante tem vínculo com o Boca até 30 de junho, o Atlético terá de negociar para receber seu futuro reforço antes do prazo. Um emissário do clube brasileiro viajará até Buenos Aires nos próximos dias, para tentar criar diálogo entre as duas partes. O Galo até considera pagar um valor simbólico pela liberação antecipada do atacante, mas inicialmente a diretoria do Boca não se mostrou favorável.

Pavón tem dinheiro a receber do Boca, um salário mensal de 80 mil dólares (mais de R$ 400 mil) e ficou fora das últimas três partidas justamente por ter aceitado uma proposta para sair do clube. Fatores que podem ajudar o Galo, mas não não será nada fácil convencer os dirigentes do Boca a negociar com o Atlético.