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Atletas brasileiros que deixaram bunker na Ucrânia chegam à Romênia

David Neres (ao centro) já está na Romênia com um grupo de 50 brasileiros - Reprodução/Twitter/tariqpanja
David Neres (ao centro) já está na Romênia com um grupo de 50 brasileiros Imagem: Reprodução/Twitter/tariqpanja

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/02/2022 11h17

Os cerca de 50 brasileiros —entre jogadores, familiares e amigos— que passaram os últimos dias em um bunker em um hotel na Ucrânia, após a eclosão da guerra contra a Rússia, atravessaram a fronteira e chegaram à Romênia hoje, após um trajeto de trem e ônibus.

Ontem (27), o grupo deixou o bunker em Kiev e, escoltados por funcionários da Federação Ucraniana de Futebol e da Uefa, chegaram a uma estação de trem na capital ucraniana e se dirigiram para Chernivtsi, no oeste da Ucrânia. Foram 16 horas de viagem de trem até a fronteira com a Moldávia. Agora, eles têm mais sete horas de viagem pela frente, ônibus, até a capital da Romênia, Bucareste.

"Saímos pela fronteira com a Moldávia. Depois, para Bucareste, na Romênia, onde vamos voltar ao Brasil. Tivemos todo apoio da Uefa, Fifpro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais, federações da Ucrânia, Moldávia e Romênia, que nos escoltaram e organizaram toda logística desde a saída do hotel até a estação de trem", disse o empresário Matheus Assaf, um dos integrantes da delegação, ao UOL Esporte.

"Deram um show: nos pegaram em um ônibus na estação de trem na fronteira da Ucrânia com a Moldávia, nos levaram por 1 hora de ônibus até a fronteira, passamos na frente de uma longa fila de carros, nos deram todo o suporte e nos levando para almoçar na capital da Moldávia, vamos ser recebidos pelo presidente da Federação da Moldávia e depois em direção à Romênia para pegar o voo amanhã à noite", continuou.

Dos momentos de aflição ao bunker à esperança de sair em segurança de um território em guerra, os brasileiros procuraram, sempre que possível, manter comunicação via redes sociais. Primeiro em busca de ajuda, depois para agradecer o apoio recebido em resposta a suas mensagens.

"Graças a Deus conseguimos atravessar a fronteira com todos bem. Quero agradecer a todos que enviaram mensagens positivas, a todos que nos ajudaram e tiraram um pouco do seu tempo para orar por nós. Não tenho palavras para agradecer vocês. Obrigado!", disse o jogador Vitinho, do Dínamo de Kiev, em contato com o advogado Igor José Ogar, que defende o atacante Viex-Athletico Paranaense.

Já os jogadores Derek, Fabinho e Marlyson, do Metalist 1925, conseguiram deixara a cidade de Kharkiv e partiram para Lviv, de onde devem seguir para atravessar a fronteira com a Polônia. A embaixada brasileira em Kiev publicou que hoje um trem sairia da cidade em direção a Chelm, cidade polonesa. Outra rota possível de saída a partir dali era um trem em direção à cidade de Chop, ainda na Ucrânia, de onde poderiam epegar outra embarcação rumo à Hungria.