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OPINIÃO

Mauro: Contratação do Rafinha pelo São Paulo também é cortina de fumaça

Do UOL, em São Paulo

21/12/2021 11h17

O São Paulo anunciou ontem (20) a chegada do lateral direito Rafinha, primeiro grande reforço do clube para a temporada 2022, para ocupar uma posição que era carente no elenco tricolor, tendo a experiência de passagens por clubes como o Bayern de Munique, assim como o Flamengo de 2019, mas também fazendo parte do time do Grêmio que foi rebaixado para a Série B.

No UOL News Esporte, Mauro Cezar Pereira afirma que a chegada de Rafinha neste momento, um grande nome, também serve de alguma forma como resposta para os torcedores que não gostaram dos movimentos políticos do clube nos últimos dias, com a reforma do estatuto e a permissão de reeleição do presidente Julio Casares.

"Eu vejo essa contratação muito rápida assim como uma tentativa dos dirigentes do São Paulo de darem uma satisfação à torcida depois de toda a reclamação devido à mudança no estatuto, que permite, entre outras coisas, a reeleição do Julio Casares na presidência", diz Mauro Cezar.

"Você contrata um jogador de nome rapidamente para tentar acalmar os ânimos, serve também como cortina de fumaça, eu não acho que seja apenas uma contratação pensando no time de futebol, tem um outro efeito também que certamente passa pela cabeça das pessoas", completa.

No aspecto técnico, Mauro afirma que pode fazer toda a diferença o entorno do time que Rafinha terá no São Paulo, lembrando que ele foi bem no Flamengo de 2019, que tinha um conjunto muito forte, mas participou da temporada ruim do Grêmio e hoje já está com 36 anos, sendo que tinha 33 no time rubro-negro comandado por Jorge Jesus.

"É preciso entender primeiro o seguinte, o Rafinha já é um jogador veterano, ele teve o seu melhor momento no Brasil, voltando da Europa, em 2019, até o começo de 2020, mas jogando em um time muito forte, o melhor time do futebol brasileiro nos últimos anos e depois em um Grêmio desarticulado ele também evidentemente não fez diferença", diz o jornalista.

"Vai depender muito do conjunto, de o São Paulo ser um time bem montado e também da questão física, um jogador nessa idade pode até ter um bom rendimento, conseguir jogar todas as partidas, mas sempre fica uma dúvida", conclui.