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Atlético-MG e Boca empatam em 0 a 0 na Argentina e empurram decisão para BH

Hulk domina a bola diante da marcação em jogo do Atlético-MG x Boca Juniores pela Libertadores - Dibulgação/Conmebol
Hulk domina a bola diante da marcação em jogo do Atlético-MG x Boca Juniores pela Libertadores Imagem: Dibulgação/Conmebol

Do UOL, em Belo Horizonte

13/07/2021 21h13

Um jogo amarrado e bem com cara de Libertadores. Assim pode ser traduzido o primeiro duelo do Atlético-MG contra o Boca Juniors-ARG, válido pelas oitavas de final do torneio de clubes mais importante da América do Sul. Sem criatividade no ataque, as duas equipes pouco criaram em La Bombonera, e o resultado não poderia ser diferente: o apático 0 a 0 seguiu do início ao fim.

A próxima partida entre brasileiros e argentinos será disputada na próxima terça-feira (20). O encontro será no Mineirão, em Belo Horizonte, e a bola rola a partir das 19h15 (de Brasília). Antes, o Galo volta a campo pelo Brasileirão e, no sábado (17), encara o Corintihans, na Neo Química Arena.

Nacho de volta

A grande novidade do Atlético-MG para o duelo em La Bombonera foi o retorno do meia Nacho Fernández. Recuperado de estiramento leve, o argentino de 31 anos, mesmo não estando 100% fisicamente, foi acionado pelo técnico Cuca para encarar o antigo rival, dos tempos em que defendia o River Plate.

Homenagem a Messi

Sem público na mística Bombonera, devido aos protocolos da covid-19, os Xeneizes usaram faixas para enfeitar o estádio. Uma delas, colocada abaixo da tradicional 'La 12', foi em homenagem a Lionel Messi, campeão da Copa América pela seleção argentina no último fim de semana, ao derrotar o Brasil na decisão. Foi o primeiro caneco do meia pelo país.

Além disso, desde 1993 a Argentina não dava uma volta olímpica sequer. A conquista movimentou o país e levou milhares de pessoas para o tradicional Obelisco, localizado no centro de Buenos Aires.

21 anos do último jogo

A última vez que as duas equipes haviam se enfrentado em La Bombonera foi em 2000, no duelo que terminou empatado em 2 a 2 e que classificou o Atlético-MG na extinta Copa Mercosul.

Quem foi bem: Mariano e Hulk

Em plena evolução com a camisa do Atlético-MG, o lateral direito, mais uma vez, foi bastante importante na marcação e também nas investidas ofensivas do time mineiro. Seguro e experiente, Mariano ratificou o favoritismo para seguir entre os titulares.

Correndo bastante e com movimentação interessante, o camisa 7 puxou a marcação e deu trabalho ao time argentino mais à frente, principalmente na primeira etapa. Aos 34 anos, Hulk se mostrou bem lúcido e se impôs em La Bombonera. No segundo tempo, apesar da queda de produção da equipe, ele seguiu presente nas principais jogadas.

Quem foi mal: Zaracho e Savarino

Ao contrário dos últimos duelos do Galo pelo Campeonato Brasileiro, a dupla de estrangeiros não estava em noite iluminada em Buenos Aires. Tímidos em campo e pouco eficientes, o argentino e o venezuelano deixaram a desejar.

Primeiro tempo morno

Se sentindo em casa, mesmo jogando como visitante, o Atlético-MG dominou a "cancha" nos primeiros 30 minutos de bola rolando na Argentina. Apesar de poucas finalizações e de praticamente nenhuma conclusão de perigo, os mineiros foram ao ataque e deixaram os Xeneizes recuados.

Porém, depois deste período, os donos da casa gostaram da partida e começaram a chegar mais perto do gol de Everson. E foi assim até o apito de Andrés Rojas que encerrou a primeira etapa.

VAR em ação

Aos 33 minutos, o Boca Juniors abriu o placar, após bobeada da defesa atleticana na pequena área. Contudo, o tento anotado por Diego González, de cabeça, acabou anulado pela arbitragem. Consultando o VAR, após grande reclamação dos atleticanos, Rojas recorreu ao monitor e identificou empurrão do ataque argentino no zagueiro Nathan Silva. Alívio para o Galo.

Jogo quente

A insegurança do árbitro colombiano Andrés Rojas se refletiu dentro das quatro linhas. Assim como no primeiro tempo, na segunda etapa em alguns momentos o clima também esquestou entre os jogadores. Apesar de nenhuma grande confusão entre brasileiros e argentinos, reclamações, xingamentos e empurrões se fizeram presentes ao longo dos mais de 90 minutos.

De dar sono

Sem grandes emoções, os primeiros 35 minutos da segunda etapa causaram bocejos nos espectadores. Apesar de bastante pegado, principalmente no meio de campo, nos setores ofensivos pouco (ou quase nada) se viu.

Nos minutos seguintes, a partida até ganhou em emoção, com as duas equipes indo ao ataque e fazendo os goleiros trabalharem. Mas nada que fosse suficiente para tirar o zero do marcador.

Fim de papo no primeiro embate.

Possível multa ao Atlético-MG

Por ter ido até o hall do hotel em que o Galo está hospedado em Buenos Aires para tirar uma foto com uma garota, atleta do Gimnasia-ARG (time que o revelou), Nacho foi assunto na imprensa local por ter furado a "bolha sanitária" estabelecida pela Conmebol. De acordo com o protocolo, ninguém da delegação pode sair pela cidade ou ter contato com pessoas não credenciadas. Com isso, o Atlético-MG pode receber multa de 15 mil dólares. Contudo, até antes de a bola rolar, o clube não havia sido procurado pela entidade para prestar esclarecimentos; isso deve acontecer nos próximos dias.

Ficha do jogo:
Boca Juniors-ARG x Atlético-MG

Motivo: 1º jogo das oitavas de final da Libertadores
Data: 13 de julho de 2021 (terça-feira)
Local: La Bombonera, na Argentina
Horário: 19h15 (de Brasília)
Árbitro: Andrés Rojas (COL)

Gols: -
Cartão amarelo: Rojo, Pavón (BOCA); Zaracho, Allan, Hulk, Vargas (ATL)
Cartão vermelho: -

Boca Juniors-ARG: Rossi; Weigandt, Izquierdoz, Rojo e Sandez; Rolon, Medina (Orsini) e Gonzalez (Varela); Pavon, Briasco e Villa. Técnico: Miguel Ángel Russo

Atlético-MG: Everson; Mariano, Réver (Dodô), Alonso, Nathan Silva; Allan (Allan), Zaracho (Vargas), Tchê Tchê, Nacho Férnandez; Savarino (Dylan) e Hulk. Técnico: Cuca

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