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Tite esconde substituto de Jesus e minimiza goleada no Peru na 1ª fase

Cleber Xavier e Tite durante a entrevista coletiva de hoje (4) da seleção brasileira - Reprodução/CBF TV
Cleber Xavier e Tite durante a entrevista coletiva de hoje (4) da seleção brasileira Imagem: Reprodução/CBF TV

Danilo Lavieri e Gabriel Carneiro

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/07/2021 19h22

Tite manteve a tradição de esconder a sua equipe titular em jogos decisivos. Para a partida de amanhã (5), diante do Peru, o comandante não poderá contar com Gabriel Jesus, que foi expulso contra o Chile, e não quis revelar quem vai ser o substituto na partida de semifinal da Copa América.

Em entrevista coletiva hoje (4), o comandante evitou falar em nomes e disse que a escalação será feita para repetir a mesma ideia de jogo que desenvolveu nas últimas partidas. Ele aproveitou a pergunta para exaltar a versatilidade que seu grupo lhe dá.

"Basicamente, quero uma equipe equilibrada com dois atacantes verticais que atacam espaço composto com dois articuladores e dois médios. Essa é a ideia. Se é de lado ou de centro não vou falar, porque é movimento estratégico importante para a gente. Mas é importante enaltecer o trabalho dessa equipe toda. Venho modificando nomes e o time vem mantendo padrão, conforme necessidades de jogo. Se quer técnico tem Everton, força, imposição ou chegada tem o Paquetá, para imposição tu tem Fabinho com Casemiro, se quer jogador com rodinha tu tem Fred e Douglas... E criar essas possibilidades todas é o que fortalece a equipe para variar em termos de escalação. Temos os três zagueiros jogando muito, um leque de opções muito grande, o que torna fundamental a participação de todos da equipe", analisou.

Além de Gabriel Jesus, o time não poderá contar com Alex Sandro, que vai ser substituído por Renan Lodi. Assim, a vaga deixada pelo atacante pode ser herdada por Gabigol, Lucas Paquetá ou Everton Ribeiro.

No jogo da fase de grupos, o Brasil deixou o campo com uma vitória ampla, por 4 a 0, mas que não deve ser levada em conta para fazer a comparação para a partida desta segunda-feira, às 20h, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O comandante alertou que o fato de a equipe estarem se enfrentando com frequência nas últimas competições diminui a diferença entre elas. Vale lembrar que a final da Copa América de 2019 foi disputada entre as mesmas seleções.

"As duas equipes têm uma tradição de enfrentamentos dentro da Copa América, fizeram a última final e se enfrentaram nas fases de grupos, além das Eliminatórias. A partir daí termina a observação ou confirmação de prognóstico. Diferentes situações, momentos, equipes e realidade é outra. É jogo mata, com nível de exigência muito alto. Joga melhor para passar, tenho certeza que é esse nosso objetivo e tenho certeza do Peru também", explicou, para logo depois ouvir um complemento de Cleber Xavier, seu assistente que também concedeu coletiva.

"A equipe do Peru é quem mais enfrentamos, será o sétimo confronto. Jogos muito difíceis, com exceção do primeiro da Copa América passada. Esse 4 a 0 foi muito duro, os gols aconteceram no final. Conhecemos bem o Peru, eles nos conhecem também. Trabalhamos hoje estratégias ofensivas e defensivas. Eles perdem um jogador importante, como o Carrillo, mas têm possibilidade de ter Garcia em campo. Equipe agressiva, que marca médio muito forte", analisou.

Também pela frequência que os dois times se enfrentaram nos últimos tempos, a comissão técnica da seleção brasileira imagina que não é possível surpreender o adversário e nem mesmo ser surpreendido pela equipe do técnico Ricardo Gareca.

"Não acredito. Nem a favor nosso, nem contra nós. Quando se monta estrutura com cinco minutos tu ajusta. O que tem é vantagem técnica, mais tempo de entrosamento, do técnico com a própria equipe, momento individual. Não acredito em nó tático, que usam bastante. Tanto a favor, como contra. E sempre que dizem que foi a favor eu digo que não é. É toda uma estrutura que temos que analisar o conjunto todo, essas variáveis, como falei anteriormente. Mais do que tudo é jogo mental, principalmente em jogo único", completou Tite.