Topo

OPINIÃO

Mauro Cezar: Guardiola continua sendo o técnico mais especial do futebol

Do UOL, em São Paulo

29/05/2021 20h42

Pep Guardiola chegou a uma final de Liga dos Campeões depois de dez anos, vinha de conquista no Campeonato Inglês e armou para enfrentar o Chelsea uma escalação com Sterling como titular, Gundogan atuando mais recuado do que fez durante a temporada, enquanto os volantes Fernandinho e Rodri ficaram no banco, assim como De Bruyne jogou como atacante mais centralizado. A derrota por 1 a 0 elevou as críticas ao trabalho do técnico, considerando que ele 'inventou'.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL, Mauro Cezar Pereira afirma que também não gostou da escalação sem um volante, que poderia ter feito diferença na jogada que resultou no gol do Chelsea, mas vê certo exagero da parte dos que não gostam de Guardiola, lembrando que na temporada houve momentos com De Bruyne cumprindo a mesma função que ele fez hoje.

"Não gostei também da escolha ficando sem o Fernandinho, acho que aí ele foi mal, na escalação eu torci o nariz e no jogo também, acho até que o time melhorou com o Fernandinho. Não sei, se tivesse ali o Fernandinho ou o Rodri, um volante, será que aquela bola entraria ali para o Havertz marcar o gol? Eu não sei, talvez não", diz Mauro Cezar.

"Eu vou continuar dizendo o seguinte: o Guardiola vai continuar sendo xingado pelos que não gostam dele, as pessoas têm o direito de não gostar, e para mim vai continuar sendo o técnico mais especial do futebol. Porque perdeu uma final em um jogo em mata-mata, então nada presta? O De Bruyne jogando avançado, quantos jogos foram assim? Como é que o time chegou à final? Essa final foi um sorteio? Não, foi construída toda uma campanha e o time jogou dessa maneira várias vezes", completa.

O jornalista considera também que a saída do belga Kevin De Bruyne após uma pancada no rosto pesou para o time de Guardiola, que ficou sem o seu melhor jogador, que poderia fazer a diferença na parte final da partida, quando o Manchester City buscava o gol sem muita organização e falhava.

"Acho que a saída do De Bruyne pesou muito no segundo tempo, justamente porque ele tem um elenco de bons jogadores, mas no momento da dificuldade, isso é óbvio, quem vai resolver é o jogador mais talentoso, seja defensivamente, seja ofensivamente, o goleiro espetacular, um goleiro espetacular de repente ganha um campeonato. Hoje acho que faltou isso, o segundo tempo foi muito sem imaginação, só posse de bola, posse de bola e praticamente nada", conclui.