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Taison ganha mais espaço e assume de vez liderança no vestiário do Inter

Taison é o principal líder do vestiário do Inter desde sua chegada ao clube - Ricardo Duarte/Inter
Taison é o principal líder do vestiário do Inter desde sua chegada ao clube Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

26/05/2021 04h00

Enfim, Taison poderá ter sequência de jogos pelo Inter. Com o fim do Campeonato Gaúcho, o meia-atacante de 33 anos está apto a atuar em todas as partidas pela equipe gaúcha. Cada vez mais, ele assume o posto vago desde a saída de D'Alessandro. É, hoje, o principal líder do vestiário.

Contra o Always Ready, às 19h (de Brasília), no Beira-Rio, Taison fará sua quarta partida desde o regresso ao Colorado. Todas as anteriores foram pelo mesmo torneio dessa: a Libertadores. A conclusão da fase de grupos encontra o time brasileiro em situação confortável e podendo se classificar até mesmo com uma eventual derrota inesperada.

A partir de agora, o camisa 10 poderá jogar sempre que o técnico Miguel Ángel Ramírez entender necessário. E a sequência aumenta ainda mais sua relevância no grupo.

"Não vou mais ter folga no fim de semana, isso me deixa muito feliz", disse em entrevista coletiva.

A presença de Taison dentro e fora de campo é mais forte a cada dia. Além de estar na Arena do Grêmio e confortar os colegas depois do empate que significou o vice-campeonato do Gauchão, o jogador utiliza os treinamentos para passar experiência aos mais jovens e manter o moral dos companheiros elevado mesmo com os tropeços naturais da trajetória no ano.

"Eu passo confiança para eles, como fizeram comigo no clube. Tinga, D'Alessandro, Kleber, Bolivar, Índio, eles faziam isso comigo. Eu passo para eles o que passaram para mim. Às vezes, os meninos se sentem pressionados pela idade. Eu também me sentia. Tento deixar todos tranquilos para pensar só em jogar. No dia a dia, quando vejo algo errado nos treinamentos, eu puxo a orelha deles também. Nessa idade tem que puxar, a cabeça meio que desvirtua, tenho que estar do lado para colocar eles na linha. Não quero ser chato, mas ajudar a se tornarem grandes jogadores", comentou.

As palavras remetem ao que seu antecessor na camisa 10 do Inter fazia. D'Alessandro estava sempre rodeado de meninos nos treinamentos. A eles passava experiência, cobrava vontade de vencer nas disputas mais simples dos treinamentos, crente que isso se refletiria nos jogos. Dava apoio nas dificuldades e fazia algo que Taison fez em público: aparecia para falar em nome de todos nas horas mais difíceis.

"Eu me tornei este cara por causa dos conselhos que tive. Saí com 21 anos ou 22 do Inter. Pensava que a vida seria muito mais rápida na Europa. Cheguei, passei muito frio, mas aprendi muito. Na minha infância também. Posso falar que o grupo aqui quer muito vencer, sente bastante. Temos coisas a mudar? Sim. Às vezes, tem coisas para mudar, mas não precisa muita coisa. Eu chego, tento colocar todo mundo para cima, o futebol não te dá tempo para pensar, para ficar triste. Tem que sentir a derrota, quem não sente tem que fazer outra coisa. Mas o grupo está fechado. E falei pra eles que se tiver que vir aqui [na coletiva de imprensa] e colocar a cara para bater por eles, vou fazer isso toda hora, para que fiquem tranquilos em campo. Vou fazer isso", finalizou.

Taison foi a principal contratação do Colorado até agora na temporada. Desde o início da trajetória no clube, recebeu o posto de capitão, que era de Rodrigo Dourado.

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