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Roger evita elogios após vice do Flu no Carioca: 'Não gosto de desculpas'

Roger Machado à beira do campo durante o jogo Flamengo x Fluminense - Thiago Ribeiro/AGIF
Roger Machado à beira do campo durante o jogo Flamengo x Fluminense Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/05/2021 00h27

O Fluminense foi derrotado pelo Flamengo na decisão do Campeonato Carioca e acabou ficando com o vice da competição. Após o jogo, em entrevista coletiva, o técnico Roger Machado evitou elogios ao trabalho, admitiu problemas na equipe e que buscará alternativas no elenco.

"Não dá para definir um único problema, o desgaste, o emocional, problemas táticos. É um somatório de eventos que fez com que saíssemos do trilho nesses dois jogos. Foram jogos decisivos, muito importantes. Mas todo e qualquer argumento agora vai soar como uma desculpa na derrota. E eu não gosto de dar desculpas porque não faz parte do meu perfil. Eu gosto de assumir a minha responsabilidade e buscar alternativas. para que voltemos aos trilhos. Vamos avaliar. Ver o que podemos acertar, ajustar, e seguir para terça-feira forte para a Libertadores", afirmou.

Ainda assim, Roger exaltou o bom campeonato feito pelos jovens da equipe. Além dos destaques de 2020, o Tricolor também tem novos nomes com Kayky e Gabriel Teixeira.

"A gente conseguiu reforços tirados de Xerém. Tivemos afirmação do Kayky e do Gabriel [Teixeira] junto com o Luiz Henrique, Calegari, Martinelli, jogadores que desde o ano passado ajudaram na campanha. Fica difícil a frustração, difícil receber esse parabéns pelo vice. Era importante vencer, mas infelizmente não foi possível", declarou.

No jogo contra o Fla, o Flu repetiu os mesmos erros das últimas partidas, sofrendo no meio-campo, sem conseguir segurar a bola nem conter o ataque do rubro-negro. O treinador vê que o problema, entretanto, não é do setor, e sim da falta de pressão no ataque.

"A recorrência do problema não é no meio em campo em si. A gente tem tido dificuldades no começo dos jogos dos jogadores pressionarem na frente e a gente sofre muito no meio de campo. A pressão desses jogadores da primeira construção não tem sido bem feita. No segundo tempo quando entrou o Biel e o Caio, com perna mais rápida, o Flamengo teve mais dificuldades. Não é uma origem do meio de campo. É um problema que resulta no meio de campo", disse.

Também por isso, Roger abriu espaço para possíveis mudanças na equipe. Na terça (26), o Fluminense tem decisão contra o River Plate, no Monumental de Núñez, às 19h15 (de Brasília), pelo grupo D da Libertadores. O Tricolor precisa vencer para chegar às oitavas de final sem depender de outros resultados.

"Sempre penso em mudanças. A gente trabalha com as peças que temos à disposição. Preciso de sete jogadores atrás da bola o mais rápido possível. Seis sempre temos. A maioria dos times tem. Esse sétimo, se eu não tenho, preciso diluir a força de bloqueio de ataque desses jogadores. É uma alternativa pensar numa trinca de meias, um terceiro zagueiro, para que a pressão do campo de ataque seja feita dos alas, que é mais forte e já dentro do campo de defesa do adversário. Vamos buscar alternativas", adimitiu, para prosseguir:

"Gosto de usar meia, centroavante e atacantes de lado. Se a gente não tem a devida capacidade, a gente pensa em fortalecer o meio, a defesa, e pensamos sim em outras alternativas", concluiu.

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