Caio Vidal, Zé Gabriel... Ramírez reforça opções e mantém conceito no Inter

Algumas opções de Miguel Ángel Ramírez geram debate a cada jogo. Caio Vidal na reserva e Zé Gabriel na zaga são alternativas que causam discussão em dez a cada dez grupos de torcedores do Inter. Após a derrota para o Grêmio, ambos os casos receberam atenção e explicação do técnico, que mantém seus conceitos embasados no dia a dia do time.

No Gre-Nal do último domingo, o ataque foi formado por Mauricio, Galhardo e Palacios. O chileno voltou ao lado direito, o ex-Cruzeiro jogou pelo flanco oposto, enquanto Thiago Galhardo esteve centralizado. Ao longo da partida entraram Caio Vidal, Marcos Guilherme e Yuri Alberto.

Caio recebeu menção especial na entrevista coletiva do comandante de campo. Segundo ele, a razão para a ausência do jovem de 20 anos desde o início é tática.

"O Caio tem um perfil de precisar de espaços, de grandes espaços. Ano passado vimos uma boa versão dele pela característica do jogo coletivo do Inter. O time recuperava a bola e ele tinha espaço para atacar. Ele é muito bom nisso. Mas nossa forma de jogar nos posiciona normalmente com menos espaço no campo rival. Os adversários vão nos fechando e não temos tanto espaço para atacar. No segundo tempo, quando os espaços se abrem, podemos contar com este perfil", disse Ramírez.

O treinador ainda falou que as opções que guarda para o decorrer dos jogos também estão presentes no plano para conquistar o resultado.

"Nem sempre a escalação vai mostrar os 11 melhores. Quando você escolhe um jogador, opta por um perfil. E dentro disso também analisamos as relações no campo, um lateral com um determinado ponta, um ponta com um centroavante. Os perfis individuais se encaixam no plano de jogo. Por isso Caio não começa. Não é porque está mal, é por característica", explicou o treinador.

Na zaga, outro ponto de interrogação surge. Zé Gabriel teve atuações recentes criticadas pela torcida. Mas contra o Grêmio, Lucas Ribeiro, que entrou no decorrer do jogo, também perdeu um duelo pelo alto que virou gol.

"Estamos vendo os jogos e o rendimento está sendo positivo. E algo importante é que temos o dia a dia, nos treinamentos, essa capacidade de compreensão e observação do que pedimos. No momento, o jogador que melhor desempenha o que queremos é o Zé Gabriel. Por isso ele joga. E, como e digo, vejo os jogadores todos os dias, os que estão ou não jogando. Sei as razões pelas quais joga o Zé e não outro. Vemos o dia a dia", completou.

Para a direção, o momento de instabilidade serve para reforçar a crença na evolução e proteger o grupo.

"Neste momento de resultados adversos temos que corrigir os erros, dar confiança e enxergar onde estamos falhando. Com mais trabalho se tem mais diagnósticos. Se a rota não está na linha que entendemos, temos que agir de forma rápida e segura. Hoje afirmo que temos confiança e convicção no trabalho que todos estão fazendo. Se nos colocamos nessa condição adversa, será o mesmo grupo, comissão e direção que irá nos tirar dela nos próximos jogos", explicou o executivo de futebol Paulo Bracks.