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Longe das manifestações, Atlético-MG monitora situação em Barranquilla

O técnico do River Plate, Marcelo Gallardo, foi atingido pelo gás lacrimogêneo - Daniel Munoz POOL/EFE
O técnico do River Plate, Marcelo Gallardo, foi atingido pelo gás lacrimogêneo Imagem: Daniel Munoz POOL/EFE

Henrique André

Do UOL, em Belo Horizonte

12/05/2021 22h35

Bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, pedras e muita confusão entre populares e a polícia de Barranquilla, na Colômbia. Este foi o ambiente no entorno do estádio Romelio Martínez, palco do duelo entre o Júnior, time da cidade, e o River Plate, da Argentina, válido pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores. Amanhã, no mesmo local, o Atlético-MG encara o América de Cali, em duelo marcado para às 21h (horário de Brasília).

Conforme apurou o UOL Esporte, o caos se dá pela revolta de parte dos colombianos com o Governo Federal, na expectativa que mais vacinas contra a covid-19 sejam disponibilizadas, além da melhoria em outros campos, como educação, reforma tributária e outros; esta quarta-feira (12), inclusive, foi dia de paralisação nacional. Em Barranquilla, moradores aproveitaram o ensejo para mostrar também a insatisfação com a realização de partidas internacionais na cidade.

De acordo com a imprensa local, a manifestação era pacífica até um grupo tentar romper o perímetro de isolamento no acesso ao estádio. Durante o duelo, inclusive, o árbitro precisou interrompê-lo por aproximadamente dois minutos. Antes de a bola rolar, inclusive, até o aquecimento das equipes foi comprometido, devido à fumaça dos gases que chegou ao gramado.

Atlético na tranquilidade

Em meio à tanta confusão na Colômbia, a delegação do Atlético-MG segue em paz no hotel em que se hospedou e, por meio da equipe de segurança, monitora a situação com a Conmebol. Sem qualquer tipo de tumulto no local, o time se concentra para amanhã encarar o América de Cali. Na parte da tarde, inclusive, os jogadores foram até o Centro de Treinamentos do Júnior Barranquilla e, de acordo com relatos obtidos pela reportagem, nenhum tipo de manifestação foi vista pelos brasileiros.

Em contato com jornalistas colombianos, o UOL recebeu opiniões distintas. Para um deles, o risco das manifestações na 'Rua 72' se repetirem nesta quinta-feira existe, pois os populares querem usar a visibilidade da Libertadores para mostrar ao mundo a insatisfação. Para outro, por se tratar de um dia de paralisação nacional, esta quarta foi de ânimos mais exaltados e, com isso, amanhã os atleticanos terão clima de paz no trajeto ao Romelio Martínez.

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