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Fernando: Pessoas foram 'induzidas a acreditar' que Robson foi 'abandonado'

Robson Nascimento de Oliveira, ex-motorista dos familiares do volante Fernando, está voltando ao Brasil  - Reprodução/Facebook
Robson Nascimento de Oliveira, ex-motorista dos familiares do volante Fernando, está voltando ao Brasil Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

05/05/2021 18h24

O jogador Fernando, que hoje atua pelo Beijing Guoan, aproveitou o post em que comemorava a volta de Robson, motorista contratado pela família que acabou preso por porte de medicamentos ilegais, ao Brasil, para se defender de acusações de negligência com o ex-funcionário.

"Achamos importante reforçar que não sabíamos em hipótese alguma que o remédio era proibido na Rússia e que desde o começo pagamos toda ajuda jurídica ao Robson (vide documentos nos posts anteriores). É mentira que o abandonamos e deixamos ele sem defesa, como muitos de vocês foram induzidos a acreditar através de matérias e comentários feitos por jornalistas que não estavam em busca de verdade, mas sim em produzir matérias apelativas por audiência", escreveu o jogador.

Robson voou hoje de volta ao Brasil após dois anos preso na Rússia. Ele entrou no país com duas caixas de um remédio que seria do sogro de Fernando. Na Rússia, a substância é considerada um tipo de narcótico. O caso foi a público por meio de reportagens e passou a ser tratado pela Embaixada Brasileira.

"Sem palavras para descrever o tamanho da alegria que eu e minha família sentimos com a notícia da soltura do Robson. Infelizmente esse grande mal-entendido acabou se tornando uma questão diplomática complexa, então faço aqui um agradecimento especial ao nosso presidente Jair Bolsonaro ao ministro Onyx Lorenzoni e a todos que ajudaram EFETIVAMENTE no caso. Jamais escolhemos viver esse pesadelo e muito menos prejudicar o Robson, então também é um momento de enorme alívio e comemoração para todos nós."

Apontado como responsável pela prisão do ex-motorista, Fernando pediu mais "responsabilidade com os julgamentos", e disse ver muitos "interesses comerciais" em pessoas próximas ao ex-funcionário, que, segundo ele, precisa ter "acesso à verdade".

"Agora, com tudo isso passado, acredito que poderemos ter um diálogo com o Robson para que ele tenha acesso à verdade, sem ser influenciado ou receber informações erradas de pessoas que trabalham diretamente para ele e alegam "buscar o seu bem" quando na verdade possuem apenas interesses comerciais e financeiros. Por fim, que o Robson e todos nós possamos continuar as nossas vidas de forma digna, trabalhadora e em paz, o que é o mais importante", finalizou.

Relembre o caso

Robson foi preso em março de 2019, um mês após chegar à Rússia, por ter entrado no país transportando duas caixas de Mytedom 10mg (cloridrato de metadona). A substância é vendida legalmente no Brasil, com receita médica. Na Rússia, por sua vez, é proibida por ser considerada um tipo de narcótico. O medicamento, segundo ele, era para o sogro de Fernando, que já estava na Rússia e sofre de dores crônicas.

O governo brasileiro entregou, no final de outubro de 2020, uma carta na qual Jair Bolsonaro pedia ao presidente russo, Vladimir Putin, perdão a Robson. A carta foi entregue pessoalmente pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Em dezembro de 2020, a Justiça russa condenou o brasileiro a três anos de prisão. Como já tinha cumprido um ano e nove meses, ele terminaria de cumprir a pena no começo de 2022.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que o texto informou, Fernando atua hoje pelo Beijing Guoan. O erro foi corrigido.