O trabalho do argentino Ariel Holan como técnico do Santos durou apenas 12 jogos, com o pedido de demissão do treinador hoje (26) depois da derrota para o Corinthians no clássico em meio a rojões estourados em seu apartamento, a perda de peças do time e a negativa ao pedido por reforços.
No podcast Posse de Bola #120, Mauro Cezar Pereira afirma que o treinador também passou por um período conturbado quando dirigiu o Independiente e talvez tenha optado por não passar novamente por tais problemas. Pelo lado do Santos, o jornalista vê o clube sem rumo na véspera de um jogo importante pela Libertadores diante do Boca Juniors.
"Se você contrata um técnico como esse para trabalhar com jogadores jovens, é para ter um mínimo de tempo. Já foi ruim quando o Santos contra o San Lorenzo garantiu ali a classificação praticamente e depois contra um time com dez fez uma partida muito fraca, e esse jogo contra o Barcelona, também, a derrota, mas é aquela coisa, o técnico não deve estar a fim de ficar aturando esse tipo de coisa, já passou por isso na Argentina, especialmente quando estava no Independiente", diz Mauro Cezar.
"A questão do Santos não é nem a gestão do Santos, a questão é o clube, é como as coisas acontecem no Santos, é sempre muito difícil, sempre muito complicado, sempre tem alguém ali para pedir a volta do Luxemburgo, sempre tem alguém para soltar um rojão na porta da casa do sujeito e no mínimo ele se encheu: 'vou embora e acabou'. Fica completamente sem rumo o Santos, porque vai jogar com o Boca e não deve ser ele o técnico. O Santos vai ter que encontrar uma solução rapidamente", completa.
Mauro também ressalta que a situação no Santos não deveria surpreender o treinador, que deveria saber as condições atuais do clube, os problemas vividos recentemente sobre questões financeiras e a pressão dos torcedores que não é tão diferente assim do que ocorre na Argentina, ainda que o treinador tenha razão em seu descontentamento.
"Nada disso é surpreendente e não dá para dizer também que o Holan não sabe o que é isso, ele passou por situações ainda piores quando comandava o Independiente, onde foi campeão. Além do problema financeiro, o comando lá do clube por dirigentes que são dos mais controversos, para dizer o mínimo, ameaça de barra brava, tudo isso ele encarou lá, eu imagino que não deve estar mais a fim disso depois de um período no Chile onde ele foi campeão e as coisas caminhavam bem, mas nada disso é surpreendente tudo isso era previsível", diz o jornalista.
"Não estou aqui dizendo que ele não tem razão, estou dizendo só que não é surpreendente, todo esse roteiro é previsível", conclui.
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