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OPINIÃO

Menon: "Palmeiras deu sorte em sorteios, mas cumpriu o que tinha que fazer"

Do UOL, em São Paulo

16/12/2020 04h00

O Palmeiras chegou à semifinal da Libertadores após ter um grupo sem adversários tradicionais e com classificações diante do Delfín, do Equador, e do Libertad, do Paraguai, o que levantou a questão em relação à sorte do clube nos sorteios, considerando também a Copa do Brasil, na qual o time pegou o Ceará nas quartas de final e terá o América-MG nas semifinais.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Luiza Oliveira, Luiz Prósperi e Danilo Lavieri — Menon afirma que o Palmeiras realmente teve sorte na definição dos adversários, mas conseguiu fazer o que se esperava do time para se classificar.

"São duas coisas diferentes, o Palmeiras teve muita sorte no sorteio, isso é inegável, muita sorte. Agora, teve sorte e cumpriu o que tinha que ser feito, você pega time ruim, tem que golear, e o Palmeiras fez tudo isso", diz Menon.

"Então o Palmeiras fez o que tinha que fazer, o sorteio foi muito acessível para ele, o grupo do Palmeiras a gente lembra dos quatro times e era um grupo muito fraco, mas o Vanderlei que todo mundo critica tanto, ele deixou o Palmeiras na Libertadores com cinco vitórias e um empate. Será que o Vanderlei era tão bom assim ou o grupo que era fraco? Agora, fez o que tinha que fazer e chega com muita força contra o River, e isso não pode tirar o mérito do Palmeiras", completa.

Luiz Prósperi também opina sobre a sorte do Palmeiras nos sorteios e afirma que caso a definição dos confrontos fosse no sistema antigo, o time comandado por Abel Ferreira também teria adversários mais fracos, e lembra ainda que na fase de grupos poderia ter o Corinthians, que acabou eliminado na fase preliminar pelo Guaraní, do Paraguai.

"Se fosse pela lógica, o Palmeiras fez a melhor campanha geral e teria que enfrentar o último colocado da primeira fase, que coincidência ou não, era o Libertad, e depois o Delfín, então se fosse o critério antigo, o Palmeiras iria jogar com o pior, que seria o Delfín e o Libertad, os dois foram os piores da primeira fase. Teve o sorteio e, lógico, deu sorte, mas se fosse o critério antigo ele iria pegar os piores também da primeira fase", diz o jornalista.

"Quanto à Copa do Brasil, a gente tem que lembrar que o America eliminou o Internacional e o Palmeiras foi jogar contra o Ceará, que tinha eliminado o Santos, e na Libertadores, voltando à fase de grupos, que o grupo do Palmeiras era fácil, o Guaraní eliminou o Corinthians, se não era para ter Palmeiras e Corinthians no mesmo grupo. Eu não vejo sorte, eu vejo que ele fez o papel dele e quando chegou nas fases agudas, por ter feito a melhor campanha, ele na Libertadores pegou adversários mais fracos, teve sorte neste sentido", conclui.

Além da vitória e a classificação do Palmeiras, o Fim de Papo também tem a análise do confronto entre Grêmio e Santos, também pelas quartas de final da Libertadores, além do jogo de São Paulo e Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro, que serão debatidos na live pós-rodada do UOL na noite desta quarta-feira.