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OPINIÃO

Mauro: "O que Raí queria na declaração após o jogo? Ganhar com gol ilegal?"

Do UOL, em São Paulo

27/11/2020 16h50

O São Paulo anunciou hoje que desistiu de pedir a anulação do jogo com o Ceará devido ao gol que foi invalidado pelo VAR depois que o árbitro já havia autorizado o reinício da partida, e a decisão saiu dias depois de uma reação do executivo de futebol Raí, que na ocasião não descartou buscar os tribunais e ainda citou outro erro de arbitragem admitido que prejudicou o clube, na derrota para o Atlético-MG.

No podcast Posse de Bola #77, Mauro Cezar Pereira comenta o fato de haver tanto barulho em relação a um lance em que, mesmo que não tenha sido da forma ideal, a arbitragem acabou acertando em sua decisão final ao não permitir que um gol em impedimento fosse validado.

"Eu acho bem bizarro quando a discussão sobre a bola ter rolado de novo supera o mais importante na minha visão, que é o seguinte, por linhas tortas, os caras com toda a incompetência, eles acertaram, porque aquele gol não poderia valer, seria um escárnio, um absurdo, uma excrescência, uma sacanagem com o futebol, com o Ceará, o gol valer com um impedimento clamoroso", diz Mauro Cezar.

"Parece que o São Paulo, o Raí e sei lá mais quem estão fazendo um favor, não estão fazendo favor nenhum. Quer o quê? Ganhar com um gol irregular? Aí é subjetivo? Então não tem nada que recorrer mesmo não, até o ano passado essa discussão valia, no dia em que Botafogo e Palmeiras foi mantido o resultado dentro de campo, acabou. Está aberta a porta", completa.

Mauro afirma que tanto para São Paulo como para o Ceará poderia não haver vantagem em repetir o jogo, dado o risco de perder e ficar sem o ponto conquistado, ele também aponta que a justificativa da CBF não é o bastante.

"Como é que o cara errou aquilo? Como pode alguém que é pago cometer aquele erro? Essa para mim é a discussão principal, então essas pessoas, desculpa, podem trabalhar em qualquer coisa, menos fazendo esse trabalho de VAR, porque não tem condição, é absurdo. A explicação da CBF não basta, é um erro grave", diz o jornalista.

"Agora, criar novos heróis aqui 'ah não recorreu', não recorreu, acho eu, porque sabe que a chance de perder é grande, segundo, também não tem nem certeza que vai ganhar o jogo, melhor um pontinho na mão do que três voando, tem isso também, vale para o São Paulo e vale para o Ceará, e também não se fala, o São Paulo não vai recorrer, o Ceará também não vai recorrer até agora", completa.

Mauro Cezar também reforça que a atitude de Raí em sua reclamação não difere de dirigentes tradicionais que eram criticados justamente por isso.

"Acho que não tem mesmo que recorrer nada. E a declaração do Raí, eu continuo me perguntando, o que ele queria com aquilo, com aquela declaração depois o jogo? Queria o quê, ganhar com um gol ilegal? Esse era o objetivo? Vamos discutir que a bola saiu, o gol foi banheira, impedimento clamoroso? Se fosse o Eurico Miranda não teria muita diferença na postura", conclui.

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