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Campeonato Inglês seguirá em meio ao novo lockdown no Reino Unido

Jogadores do Manchester City comemoram gol de Kyle Walker contra o Sheffield United - Catherine Ivill/Reuters
Jogadores do Manchester City comemoram gol de Kyle Walker contra o Sheffield United Imagem: Catherine Ivill/Reuters

Do UOL, em São Paulo

31/10/2020 16h52

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou hoje que o Campeonato Inglês não será paralisado em meio ao novo lockdown imposto no país por causa do aumento de casos da covid-19.

Governo e cartolas acreditam que o protocolo adotado no início do campeonato, após a primeira onda da pandemia, serão suficientes para controlar o espalhamento do vírus entre atletas e comissões técnicas. A liga deve continuar sem público ao menos até 2021.

A nova temporada da Premier League, como é chamado o torneio, começou no dia 12 de setembro e está na sétima rodada. O atual campeão, Liverpool, lidera com 16 pontos e venceu hoje o West Ham de virada por 2 a 1.

Em entrevista à imprensa no anúncio das medidas, Johnson fez sinal positivo ao ser questionado sobre a manutenção do calendário do futebol. "Sim para a Premier League", afirmou o parlamentar.

Oliver Dowden, ministro do Digital, Cultura, Mídia e Esportes anunciou no Twitter que "as mudanças significam que as pessoas devem trabalhar de casa onde for possível."

"Mas onde não for possível, a ida ao local de trabalho será permitida, por exemplo, em esportes de elite disputados com portões fechados, produção de cinema e TV e telecomunicações", escreveu o ministro.

A manutenção da Premier League já era dada como certa por Richard Masters, seu executivo-chefe, que há duas semanas se mostrou confiante na continuidade do calendário mesmo em um eventual lockdown. "Estamos em diálogo constante com o governo sobre todos os aspectos da cooperação que temos com eles. Não sentimos que o modelo de portões fechados esteja em risco no momento. Nós provamos que o modelo funcionou e estamos felizes, assim como o governo", afirmou o cartola, em declarações reproduzidas pelo jornal "The Independent".

Se a elite do futebol permanecerá sem alterações, o mesmo não se pode dizer das divisões inferiores, cujos clubes têm sofrido mais intensamente com a ausência de público. Havia uma expectativa de que a torcida pudesse voltar aos estádios ainda neste ano, realidade que agora parece distante.

O país registrou 21.915 novos casos nas últimas 24 horas e se tornou o nono no mundo a superar a marca de um milhão de casos (1.011.660, de acordo com a BBC).

Com o acirramento da pandemia no reino, o governo adotou medidas restritivas, como o fechamento de atividades não essenciais, como pubs e restaurantes. Os moradores serão orientados a trabalhar de casa, mas as regras específicas de cada categoria profissional devem ser definidas nos próximos dias.

Escolas e universidades, porém, permanecerão abertas. O novo lockdown começa na próxima quinta-feira e vai durar ao menos até o dia 2 de dezembro.

A pandemia deixou mais de 46 mil mortos no país. Este confinamento é menos restritivo que o de março e abril, mas o primeiro-ministro, Boris Johnson, declarou que não é uma medida que gostaria de tomar. O Reino Unido segue o exemplo de outros países europeus, que voltaram a restringir a movimentação interna depois de notarem aumento de casos e mortes por causa do vírus.