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Goleada esfria pressão sobre direção do Fluminense, Odair e goleiro Muriel

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

29/09/2020 04h00

Entre a eliminação precoce na Copa do Brasil e a goleada sobre o Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro, foram dias de muita pressão no Fluminense, com alguns alvos definidos, como diretoria, o técnico Odair Hellmann e o goleiro Muriel. A vitória de ontem (28), com o placar elástico, leva ao elenco uma calmaria para tentar acertar os ponteiros visando o restante da temporada.

Após a derrota para o Atlético-GO, na última quinta-feira, coube ao treinador assumir o papel de "Papito", como é conhecido, e tentar blindar o elenco para o resultado positivo pudesse acontecer o mais rapidamente possível e a situação não se tornasse ainda pior.

Neste meio do caminho, ainda houve um surto de covid que atingiu nove jogadores e tirou de combate nomes que vinham sendo usados regularmente.

Ao explicar o motivo de ter deixado Muriel -- que falhou no duelo com o Dragão -- no time titular, Odair assegurou que não vai "entregar a cabeça" de ninguém e, apesar de entender as reclamações externas, seguirá aquilo que suas convicções apontam.

"Como treinador, principalmente nos momentos mais difíceis, sou o cara que vou lá dar um abraço, mostro força, confiança. Todos nós passamos por momentos ruins, difíceis, não só no esporte, como na vida. Mas, nestes momentos, poucos vêm estender a mão. Isso que faço como treinador, não entrego a cabeça de ninguém. Tenho respeito muito grande por eles e assim vou continuar. Chamar a responsabilidade para mim, como treinador, e transmitir leveza para que tenham melhor desempenho. Claro que sempre fazendo analise com critério no dia a dia e tomando as decisões que têm que ser tomadas", afirmou.

O treinador, por sinal, enxerga a tensão após uma eliminação como algo normal em um clube do porte do Fluminense, mas ressaltou que as ações externas não vão influenciar nas decisões tomadas pela comissão técnica.

"Em um clube gigante como o Fluminense, certamente, quando é eliminado há cobranças, contrariedades. Desde que tenham respeito e não passem do limite, são aceitáveis. Acontecem, faz parte do futebol. A pressão não pode entrar no fator interno. E nem o fator interno, no caso nós, não deixarmos de avaliar, de se perguntar, fazer uma autoanálise, saber o que melhorar, tomar decisões que sejam importantes para que o grupo se fortaleça. Pode ter certeza que quero um time vencedor, forte, que represente eles. A gente vem sempre trabalhando muito para que consiga isso. Algumas vezes não consegue, aí é tirar lições rapidamente disso para no próximo passo dar uma resposta de imposição como demos hoje", apontou.

Michel Araújo vai bem e Felippe Cardoso "renasce"

Michel Araújo, do Fluminense, celebra gol marcado sobre o Coritiba - Lucas Merçon / Fluminense F.C. - Lucas Merçon / Fluminense F.C.
Imagem: Lucas Merçon / Fluminense F.C.

Um dos destaques do triunfo foi o meia Michel Araújo. Além do bonito gol que abriu o placar, o jogador conseguiu auxiliar no andamento do time.

Autor do segundo gol tricolor na partida, Felippe Cardoso não balançava a rede há nove meses. Sem espaço, atacante chegou a estar fora dos planos da diretoria, mas diante do cenário mais recente, teve algumas oportunidades.

Além da venda de Evanilson para o Porto, de Portugal, concretizada no começo do mês, Marcos Paulo e Luiz Henrique testaram positivo para covid, sendo ausência para o confronto com o Coxa.

Sétimo colocado, o Fluminense volta a campo no domingo para enfrentar o Botafogo, em clássico carioca na 13ª rodada do Brasileiro.

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