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Mais velha a jogar torneios da Uefa, Formiga releva idade: 'é só um número'

Aos 42 anos no mata-mata da Champions League, Formiga releva idade: "Só um número" - Divulgação/PSG
Aos 42 anos no mata-mata da Champions League, Formiga releva idade: 'Só um número' Imagem: Divulgação/PSG

Do UOL, em São Paulo

21/08/2020 19h01Atualizada em 21/08/2020 20h01

A um dia de disputar as quartas de final da Champions League, a meia Formiga, de 42 anos, parece não se importar muito com a idade. Em entrevista publicada hoje pelo The Telegraph, a jogadora disse que este é apenas um número e fala do que representa defender o PSG na Liga.

"Jogar a Liga dos Campeões Feminina foi uma grande motivação [para chegar ao PSG]. Isso era uma coisa que faltava na minha carreira. Ainda tenho objetivos que quero alcançar. Eu gostaria de ganhar troféus aqui. Quero ganhar troféus para o Brasil. Quero contribuir com o futebol feminino, para melhorar o mundo do futebol para as mulheres o máximo que puder", conta a atleta, que é a mais velha a marcar na história da competição.

Formiga também é a jogadora de linha mais velha a disputar competições da Uefa, desde a criação da Liga dos Campeões e da Liga Europa. Perguntada se o restante de sua família também é tão longevo no esporte, ela nega:

"Não, eu realmente não conheço ninguém. Meu pai amava futebol. Ele praticava muito esporte — meus irmãos também. Mas eles pararam cedo. Eu não sei o porquê. Acho que herdei os genes do meu pai, mas, pelo que sei, não há ninguém na minha família que jogou tanto. Apenas eu."

Amanhã, o PSG enfrenta o Arsenal, às 15h, em partida eliminatória única na Champions League Feminina. A partida será exibida no canal ESPN.

Papel de 'mãezona'

Com seu papel de liderança, Formiga assume um papel de 'mãezona' para as mais jovens no PSG, que ela trata como família: "É uma família maravilhosa, uma família muito distante de nossas próprias famílias", contou, sorrindo. "Aprendemos a respeitar os espaços uns dos outros, mas nos importamos muito uma com a outra, sempre tentamos elevar o moral das pessoas quando estão tristes."

Quando está em campo, a volante da seleção brasileira conta que sua mãe sempre vem à mente, como sua maior apoiadora no esporte.

"É difícil dizer, realmente, o que passa pela minha cabeça [durante as partidas], mas é um pouco como um filme passando pela minha mente", explicou a jogadora, "com pessoas-chave que me influenciaram. Para ser sincera, em campo, não dá para pensar muito, porque está focada na tática, mas quando faço isso, penso nos obstáculos que superei e nas pessoas que acreditaram no meu futebol e no meu potencial. Minha mãe era a número um nesse aspecto."