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Rafael Moura brinca sobre "freguesia" do Flamengo: "Minha vítima"

Heber Gomes/AGIF
Imagem: Heber Gomes/AGIF

Do UOL, em Santos (SP)

22/04/2020 16h44

Resumo da notícia

  • Rafael Moura falou sobre o fato de ter sorte em jogos contra o Flamengo
  • He-Man já balançou as redes em 12 oportunidades contra o time carioca
  • "É um freguês, entrando na brincadeira... Com todo respeito", brincou

Se tem um time que já sofreu em campo com Rafael Moura, este é o Flamengo. Hoje no Goiás, o atacante foi entrevistado pelo programa Fora de Jogo, do Esporte Interativo, e brincou sobre a freguesia sobre o clube carioca. Até aqui, foram 12 gols marcados em 26 jogos por oito clubes diferentes (Goiás, Atlético-MG, América-MG, Fluminense, Internacional, Figueirense, Athletico-PR e Corinthians). Os dados são do site ogol.com.br.

"O Flamengo, pela história de Zico, Nunes, Andrade, sempre teve uma camisa muito forte, a maior torcida, e isso faz com que qualquer jogador entre mais focado, mais concentrado a jogar contra o Flamengo. Digamos que eu tenha mais sorte porque nos últimos dez anos só em 2015 eu estava operado. Foi o único ano que eu não fiz gol [contra o Flamengo]", disse.

"É minha vítima, é um freguês, entrando na brincadeira... Com todo respeito. Escuto isso de flamenguista: 'quando vai parar de fazer gol na gente?'. Sempre escuto ou leio algo no Instagram de eu sempre fazer gol no Flamengo. Mas tenho um respeito muito grande", acrescentou.

He-Man revelou ainda uma brincadeira que os próprios torcedores rubro-negros costumam fazer sobre a possibilidade de um dia ele jogar no Flamengo: "Eles brincam tanto que falam que se eu vestisse a camisa do Flamengo eu ia fazer contra. Até o próprio torcedor brinca demais com isso".

De acordo com o atacante de 36 anos, já houve procura do Flamengo por seu futebol. Mas já faz tempo. "Já, antes de eu ir para o Fluminense, quando o Luxemburgo era o treinador. Mas na época o time a ser batido era o Fluminense. Naquela época não tinha como trocar", opinou.

Michael: "era como meu filho"

Hoje no Flamengo, Michael fez parceria de ataque com Rafael Moura no Goiás. Segundo o atacante, o jovem jogador era como um filho para ele.

"Ele tem uma cabeça muito boa. Pela cabeça e pela personalidade, acho que ele vai muito longe. Ele era como meu filho. Eu cobrava dele, mas era cobrança para o bem", afirmou He-Man, que encheu o ex-companheiro de elogios e até o creditou por muitos de seus gols em 2019.

"Ele foi o segredo dos meus gols no ano passado. Todo mundo preocupado com ele, e a bola sobrava pra mim", disse o atacante, que aconselhou Michael sobre sua ida ao Flamengo: "Ele era o cara nosso no Goiás. Hoje no Flamengo tem 18 caras do nível dele ou superior".

"Em 2018, 2019, já mostrou uma evolução constante, monstruosa... É uma joia que precisa ser lapidada e está sendo. Está hoje no maior time, no maior elenco do Brasil, tenho certeza de que lá, a cada dia, aprende cada vez mais, e ele diz que o Jorge Jesus cobra demais, e isso é bom para ele", completou.

VEJA MAIS TRECHOS DA ENTREVISTA

Rebaixamento pelo Goiás em 2010

Se eu não tivesse sido suspenso, porque eu fiquei 12 jogos fora por agredir um repórter, fato do qual me arrependo bastante, talvez o Goiás não tivesse sido rebaixado. Minha fase era tão boa na Sul-Americana que eu poderia ter ajudado também no Brasileiro, porque a bola estava batendo na minha nuca e estava entrando. Se eu jogasse mais o Brasileiro, acredito que o Goiás não seria rebaixado no Brasileiro.

Joga até quando?

Não parei pra pensar, sei que está se aproximando, mas fisicamente eu estou muito bem. Mesmo nos dias parados aqui eu corro 18, 20 km, e isso me dá uma boa base. A gente joga pelo amor, não é pelo lado financeiro. O legal é que a gente pare com o futebol, não que o futebol pare com a gente. Eu amo jogar futebol. Enquanto eu tiver com a cabeça boa e o corpo aguentar, eu vou jogar.