Grêmio ganhou quase R$ 5 mi com ex-jogadores e espera 'extras' em 2020

O Grêmio recebeu quase R$ 5 milhões no ano passado com o mecanismo de solidariedade, cláusula criada pela Fifa para remunerar clubes formadores de atletas até 23 anos. A rubrica é sempre subestimada pelo clube gaúcho, justamente pela incerteza do mercado da bola, e acaba se tornando um extra nas contas de cada temporada. Em 2020 deve acontecer de novo.

Alex Telles, por exemplo, pode deixar o Porto-POR. O Grêmio tem percentual garantido pela regra. A fatia depende das temporadas que o jogador completou na Arena. Com a transferência, uma receita fora do previsto entrará nos cofres.

Em 2019, o Grêmio lançou no orçamento cinco entradas de verba por meio do mecanismo de solidariedade. Douglas Costa, Léo Jardim, Walace, Fernando e Gabriel Pereira.

Douglas Costa trocou o Bayern de Munique pela Juventus e rendeu R$ 1 milhão aos cofres gremistas. Léo Jardim assinou com o Lille-FRA e deixou o Rio Ave-POR em operação que respingou R$ 735 mil na Arena. Walace trocou o Hamburgo pelo Hannover e deixou R$ 495 mil nas mãos do clube gaúcho. Fernando assinou com o Beijing Guon-CHI em operação com o Spartak Moscou e R$ 685 mil foram recebidos pelo Grêmio. O goleiro Gabriel Pereira assinou com o Monaco após não renovar com o time de Porto Alegre. O total da conta: R$ 4,3 milhões.

O orçamento de 2020 do Grêmio não prevê entrada de nenhum recurso com o mecanismo de solidaridade. A postura conservadora é a mesma aplicada para rubricas como premiação, que prevê valor mínimo.

Além de Alex Telles, outro jogador ex-Grêmio que pode trocar de clube na Europa e gerar receita pelo mecanismo de solidariedade e Tetê. O meia-atacante está no Shakhtar Donetsk e despertou o interesse da Roma — o clube gaúcho ainda detém 15% dos direitos econômicos do atleta.