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Robinho diz que foi ignorado por filho e admite culpa por queda do Cruzeiro

Ao lado de outros medalhões, Robinho terminou 2019 apontado como um dos responsáveis pelo rebaixamento celeste - Pedro Vale/AGIF
Ao lado de outros medalhões, Robinho terminou 2019 apontado como um dos responsáveis pelo rebaixamento celeste Imagem: Pedro Vale/AGIF

Do UOL, em Belo Horizonte

08/04/2020 04h00

Ao lado de jogadores como Fábio, Edilson e Léo, o meia Robinho foi um dos poucos remanescentes no Cruzeiro após a forte reestruturação que o clube precisou e ainda precisa fazer para reequilibrar sua situação financeira. Apontado em 2019 como um dos responsáveis pela inédita queda para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, o jogador admitiu que tem uma parcela de culpa, e que essa 'dívida' foi o que o motivou a permanecer. Somado a isso, revelou a mágoa do filho de 9 anos ocasionada pela queda à Série B.

Assim como outros jogadores, Robinho também teve a oportunidade de deixar o Cruzeiro. Ciente de que a diretoria não poderia pagar o mesmo salário dos anos anteriores, ele preferiu ficar na Toca da Raposa e entrar em um acordo com a nova gestão. Segundo o meia, propostas de clubes que brigarão por títulos foram feitas nesta temporada, mas a obrigação de ajudar o Cruzeiro falou mais alto.

"Eu tive propostas de times que brigarão pelo título da Série A neste ano e decidi não ir, porque acho que fui um dos responsáveis pelo rebaixamento. Me senti na obrigação de fazer o time voltar. Por isso eu aceitei ficar. Eu gosto daqui [Belo Horizonte], meu filho é extremamente cruzeirense. Isso é para quem acha que eu não fui porque estava machucado. Mas não é. Eu não fui porque não quis. Quis ficar para poder ajudar", comentou o jogador, em um bate-papo na página oficial do Cruzeiro no Youtube.

Filho ficou sem conversar

Por causa de uma grave lesão no joelho, Robinho não participou do último jogo do Cruzeiro no Brasileirão de 2019, contra o Palmeiras. Apesar disso, foi peça frequente nos times de Mano Menezes, Rogério Ceni, Abel Braga e Adilson Batista. Também por isso, foi considerado um dos responsáveis pela queda ao lado de outros medalhões que também não evitaram o rebaixamento. A bronca, além da torcida, também foi sentida dentro de casa. O filho Cauã Gabriel, de 9 anos, chegou a ficar alguns dias sem conversar com o meia.

"Ele vai a todos os jogos, não perde nenhum jogo. Até porque ele foi um dos que mais me cobrou por tudo que aconteceu. Ficou alguns dias sem falar comigo porque ele não aceitava o Cruzeiro na segunda divisão. Era uma coisa inacreditável para ele. Ele não aceitava de maneira nenhuma, ficou muito chateado, não conversava mais comigo. Mas eu expliquei para ele, e ele disse que estará junto em todos os jogos para ajudar o Cruzeiro a subir", finalizou.

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