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Camisa 10 do Fla volta a brilhar e Gabigol repete Zico após exatos 38 anos

Diego ergue taça da Libertadores após título do Flamengo - Daniel Apuy/Getty Images
Diego ergue taça da Libertadores após título do Flamengo Imagem: Daniel Apuy/Getty Images

Leo Burlá e Rodrigo Mattos

Do UOL, em Lima (PER)

24/11/2019 12h00

Quis o destino que a longa espera do Flamengo pelo bicampeonato da Copa Libertadores terminasse exatamente 38 anos depois. Do dia 23 de novembro de 1981 ao 23 de novembro de 2019, muita coisa aconteceu, mas algumas coincidências parecem ter sido congeladas no tempo.

Na primeira conquista, coube ao camisa 10 Zico, ídolo máximo da história do clube, fazer os dois gols que bateriam o Cobreloa (CHI) e garantiram a conquista em Montevidéu.

No segundo capítulo da saga, Diego, herdeiro do número do Galinho, não fez gols, mas entrou no segundo tempo e ajudou a mudar o espírito rubro-negro contra o River Plate. Após um ano marcado por uma grave lesão no joelho, a taça tem sabor ainda mais especial para o meia.

"Tudo no Flamengo tem um impacto gigante. O Jesus pediu para eu arriscar, tentar algo diferente. Muita coisa está passando na minha cabeça, sonhei com isso, preciso absorver ainda. Meu coração é pura gratidão e alegria", disse o jogador.

Al[em do protagonismo do 10, a final em Lima guardou uma outra repetição do enredo. Assim como no Centenário, o jogador mais decisivo da partida fez os dois gols da vitória. Principal nome em campo ontem (23), Gabigol balançou a rede duas vezes e colocou seu nome na eternidade.

Em êxtase depois de levantar a sonhada Copa, o artilheiro afirmou que o jogo em Lima é apenas o início de uma saga de vitórias do Rubro-negro:

"O Flamengo vem caminhando para ser o maior do Brasil. Pela nossa torcida, pelo que vai ganhar pela frente. Eu acho que hoje realmente vai começar uma era em que o Flamengo vai dominar, não só por causa dos jogadores, mas pela estrutura e pela torcida. Nós temos 40 milhões (de torcedores) e ninguém tem isso", disse.

Nos braços da nação, Gabigol é o maior sonho de consumo do Flamengo, que encaminha com a Inter de Milão a compra de 80% dos direitos do jogador.

Com o passaporte carimbado para Doha, local da final do Mundial, esse Flamengo tem em mãos a chance de repetir o feito do time de 81 e ser bicampeão mundial. Caso avance, o adversário na finalíssima pode ser o Liverpool, o mesmo de 38 anos atrás. As coincidências não param.