"Não menosprezou": zagueiro que errou 'pênalti desfile' vê apoio do técnico
O zagueiro do Paysandu Caíque Oliveira quebrou as redes sociais na madrugada de ontem. O motivo? Um pênalti perdido que acabou virando piada por causa do estilo da cobrança. Em contato com a reportagem do UOL Esporte, o técnico da equipe paraense, Hélio dos Anjos, demonstrou apoio ao beque e garantiu que o atleta treina diariamente a mesma batida.
"Ele deslocou o goleiro e abriu o pé demais. Só isso. Aconteceu. É um jogador que, todos os dias ele bate dois, três pênaltis dessa forma. A gente brinca com ele, fala que a torcida dorme até chegar e bater, mas ele usa essa técnica. Não posso culpar ele. Isso não é onda dele, não é menosprezar o adversário", disse Hélio dos Anjos.
A cobrança icônica marcou a final da Copa Verde. No tempo normal, o Cuiabá venceu por 1 a 0 e a decisão foi para as penalidades máximas. O título do Paysandu esteve nos pés do Caíque, o quinto batedor. Ele colocou a bola na marca, tomou distância e caminhou vagarosamente para o chute. Quando finalmente chegou ao destino, o zagueiro deu um passo largo para trás, deslocou o goleiro, mas bateu para fora.
A técnica de Caíque, segundo Hélio dos Anjos, é comum. O jogador, inclusive, é um dos principais cobradores de pênalti do Paysandu. O beque bateu desta maneira em outras duas decisões e obteve êxito. Apesar disso, o que viralizou mesmo foi a bola indo para longe do gol.
"Esse jogador é o que tem mais personalidade no grupo. É contundente, tem postura boa de personalidade de jogo. Contra Náutico e Sport Belém, o Caíque bateu exatamente dessa forma, ele treina exatamente dessa forma, sempre no mesmo canto. Ele usa esse tempo de entrar na bola para deixar o goleiro o máximo possível tenso... Pela atitude dele, o goleiro dá uma relaxada, o goleiro cansa da concentração", ponderou Hélio, que assumiu a responsabilidade da derrota.
"Tenho por norma, quando faço a palestra de jogo, coloco os três principais batedores. A primeira opção sempre é o Thomas, a segundo é o Caíque e a terceiro, o Leandrinho. Na hora, o Thomas já não estava em campo. Eu tive que definir quem abriria e quem fecharia. Deixei o Leandrinho à vontade e ele optou pelo primeiro. O Caíque, então, foi o quinto. Ele não merecia passar por que ele passou. Eu que decidi, eu que escolhi o Leandrinho a ser o primeiro. Eu deixei o melhor batedor para último, eu sou o responsável", acrescentou o comandante.
Segundo apurou o UOL Esporte com a assessoria de imprensa do Paysandu, Caíque, apesar da personalidade forte, ficou sentido com o ocorrido e chegou até a apagar o perfil pessoal nas redes sociais.
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