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Futebol pode causar altos níveis de demência a longo prazo, diz estudo

Análise foi feita por cientistas britânicos - Reuters/Carl Recine
Análise foi feita por cientistas britânicos Imagem: Reuters/Carl Recine

Do UOL, em São Paulo

21/10/2019 19h30Atualizada em 22/10/2019 16h02

Um grupo de cientistas britânicos alertou para os problemas e consequências, a longo prazo, que o futebol pode trazer a seus jogadores. Com base em um estudo feito pela Universidade de Glasgow, na Escócia, constataram que doenças neurodegenerativas estão frequentemente atreladas a mortes de indivíduos que trilharam carreira no esporte bretão.

Na pesquisa da universidade escocesa, foram analisadas 7.676 causas de mortes de homens que nasceram entre 1900 e 1976, e seguiram carreira profissional dentro das quatro linhas. Estas foram comparadas com amostras de 23 mil pessoas comuns, e o resultado foi impressionante.

De acordo com os cientistas, os ex-jogadores profissionais que participaram da pesquisa tiveram um percentual de morte, em função de doenças neurodegenerativas, 3,5 vezes maior do que o esperado. Líder do estudo, Willie Stewart alerta, por exemplo, para uma chance cinco vezes maior de ex-atletas serem afetados pela doença de Alzheimer conforme o envelhecimento.

"O esporte deve entender que este é apenas o começo da nossa compreensão. Ainda há muitas perguntas que precisam ser respondidas. É importante que o mundo do futebol se una para encontrar as respostas e fornecer um melhor entendimento dessa complexa questão", afirmou Greg Clark, atual presidente da Associação de Futebol da Inglaterra (FA).

O ponto positivo do estudo, por outro lado, aponta para uma diminuição do percentual de mortes de ex-jogadores por conta de doenças mais comuns, incluindo alguns tipos de câncer.