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Sonho de Sampaoli, Pato não deslancha no SPFC; Santos acha solução caseira

Alexandre Pato, do São Paulo, e Eduardo Sasha, a solução do Santos - Ivan Storti/Santos FC e Daniel Vorley/AGIF
Alexandre Pato, do São Paulo, e Eduardo Sasha, a solução do Santos Imagem: Ivan Storti/Santos FC e Daniel Vorley/AGIF

Arthur Sandes e Eder Traskini

Do UOL, em Santos e em São Paulo

09/08/2019 04h00

Durante a novela mais duradoura do ano em Santos, a do camisa 9, o técnico Jorge Sampaoli sonhou com o atacante Alexandre Pato. O argentino chegou a ligar para o jogador para tentar trazê-lo para a Vila Belmiro, mas não obteve sucesso e viu o atleta fechar com o São Paulo. Cinco meses depois, porém, o camisa 7 do Tricolor Paulista ainda não deslanchou no clube do Morumbi.

Sem Pato, o Peixe acabou acertando a contratação do colombiano Fernando Uribe, mas foi outro atacante quem tomou o posto de titular e virou protagonista do time de Jorge Sampaoli: Eduardo Sasha.

Desde que foi contratado, Pato fez 13 jogos pelo São Paulo e marcou apenas três gols. No mesmo período, Sasha atuou 14 vezes pelo Peixe e balançou as redes o dobro de vezes: foram seis gols do camisa 27.

Mais do que isso: Sasha encaixou no esquema de Sampaoli de uma forma que, segundo os números, dificilmente o atacante Tricolor teria encaixado.

O atacante santista tem feito com perfeição o "perde-pressiona" tão pedido pelo treinador argentino. No Brasileirão, em 895 minutos jogados, Sasha soma 15 desarmes, com média de um a cada 60 minutos em campo. Nesse quesito, os números de Pato são bem mais modestos: cinco desarmes em 758 minutos atuando - ou seja, o camisa 7 do São Paulo precisa de 151 minutos em campo para conseguir um desarme.

A exemplo de Pato, Sasha também apresenta a versatilidade para jogar tanto como centroavante quanto como ponta e vem se alternando nas funções durante os jogos recentes do Peixe. Pato também já atuou nas duas funções desde que chegou ao São Paulo.

Contratado com pompa, Uribe tem números parecidos com os de Eduardo Sasha no quesito marcação alta, mas Sampaoli vem optando por deixar o colombiano no banco de reservas, dada a boa fase do camisa 27. Em 191 minutos em que esteve em campo pelo Peixe, o estrangeiro fez três desarmes, média de um a cada 64 minutos. O primeiro gol com a camisa alvinegra, porém, ainda não saiu.