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Mano diz que Cruzeiro lutou e minimiza estratégia: "não se trata de estilo"

Mano disse que o Cruzeiro não deixou de buscar a vitória, e que estilo de jogo não interferiu em eliminação - Bruno Haddad/Cruzeiro
Mano disse que o Cruzeiro não deixou de buscar a vitória, e que estilo de jogo não interferiu em eliminação Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

30/07/2019 22h58

O técnico Mano Menezes não escondeu sua tristeza após ver o Cruzeiro ser eliminado nos pênaltis para o River Plate, pela Copa Libertadores. No entanto, o comandante tratou a derrota com naturalidade, considerando que o adversário é o atual campeão do torneio. Além disso, Mano ainda rechaçou que seu estilo de jogo mais defensivo tenha afetado diretamente na queda da equipe.

"Ser eliminado é sempre ruim, mas tem derrotas e derrotas. Quando cruzamos com o River, sabíamos a disputa que teríamos, o grau de dificuldade do enfrentamento. Valeu para nós e para eles. Quando fomos jogar a primeira partida, um dos nossos objetivos era trazer a possibilidade de decidir na nossa casa. Aqui, sabíamos que também seria difícil. Tivemos oito oportunidades, não fomos eliminados por falta de tentativa. Fomos derrotados porque o jogo é grande, não é por jogar desse ou daquele jeito. O adversário também não conseguiu marcar nos 180 minutos. O Cruzeiro se portou como deveria, perdemos da mesma maneira que muitas vezes nós ganhamos nas penalidades. Perdemos, mas lutamos da maneira que podíamos", iniciou o treinador.

Questionado sobre a presença de Thiago Neves durante toda a partida, Mano Menezes se irritou. O jogador era dúvida para o jogo devido às dores na panturrilha, mas suportou os 90 minutos e seria o último cobrador de pênalti, mas não chegou a bater. O treinador não gostou quando foi perguntado se manteve o meia em campo acreditando que ele seria uma boa opção para a disputa de pênaltis.

"Em nenhum momento o Cruzeiro deixou de acreditar. O time lutou até o final para fazer o gol. O Thiago Neves ficou porque é um jogador importante, não ficou em campo só para bater o pênalti, ele nem chegou a bater. A derrota pode ser dura, mas não podemos enganar o torcedor. Não se trata de estilo do treinador, o Cruzeiro já jogou onze edições depois de 1997, quando foi bicampeão da Libertadores. Passaram oito treinadores diferentes, todos com estilos diferentes, e ninguém conseguiu ganhar. É difícil ganhar, é questão de detalhes, como foi hoje. Perdemos nos pênaltis, mas ninguém pode dizer que o time não lutou até o fim. Se alguém tivesse que ficar em campo, esse alguém era o Thiago Neves. Não tem lógica o Thiago ficar só para bater pênalti. Deixamos ele porque está acostumado com esse tipo de decisão, pode construir uma vitória que a gente precisava. Ninguém estava pensando nos pênaltis", acrescentou.

Por fim, Mano também respondeu sobre o sexto jogo do Cruzeiro sem marcar gols, se considerados partidas da Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores. Para ele, a ótima campanha na fase de grupos não pode ser apagada por causa do momento ofensivo ruim.

"Não dá para pegar o resultado de hoje e misturar com outros. Quer falar de Libertadores? Vamos falar de Libertadores. Jogamos oito vezes, vencemos cinco, empatamos duas e perdemos uma. Não é uma campanha ruim de Libertadores, tivemos a segunda melhor campanha. Esse é o Cruzeiro da Libertadores. Não dá para colocar tudo no mesmo saco, a análise não pode ser feita dessa maneira. Vamos assumir nossa derrota, mas não nos envergonhamos dos jogos feitos contra o River", concluiu.

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