CBF aposta em elo de Jardine, Sylvinho e Tite na transição entre seleções
A CBF definiu ontem Sylvinho, ex-auxiliar de Tite, será o treinador da seleção brasileira olímpica. Por trás das decisões, além das credenciais do novo comandante, está a ideia de um fio condutor comum entre Jardine, do Sub-20, Sylvinho, do olímpico, e Tite, da seleção principal, que possa facilitar a subida dos jogadores da base ao profissional e integrar os trabalhos.
Jardine, que assumiu na última semana o Sub-20, trabalhou no São Paulo com diversos nomes da geração que tem tudo para estar na Olímpiada de Tóquio em 2020. Além dos atletas que treinou no Morumbi, observou, estudou e enfrentou dezenas de jogadores adversários, o que, na visão da entidade, facilita a integração e a transição da base para o nível olímpico.
Sylvinho, por sua vez, era o auxiliar de Tite até assumir o novo cargo. Além de partilhar das convicções dentro de campo, tem experiência e portas abertas nos ouvidos do treinador da equipe principal. É visto na entidade como o nome ideal para facilitar a interação entre a seleção olímpica e a principal, incutindo nos jogadores ideias e sistemas de jogo e promovendo uma adaptação mais rápida para o futuro.
"O Sylvinho é muito bem formado, estudioso do futebol. É um nome respeitado por aqueles craques que já estão no vestiário da seleção principal. Não é alguém que vai ter que se adaptar. Há jogadores sub-23 que já são ídolos nos seus clubes. Mais do que isso, ele não tem que se adaptar a estrutura de jogo. Vai fazer uma integração entre Sub-20, Sub-23 e a seleção que irá disputar a Copa do Qatar. É muito importante", disse o novo presidente da CBF, Rogério Caboclo.
"Teremos um treinador Sub-20 que treinou boa parte dos atletas Sub-23. Um treinador do Sub-23 que faz parte da comissão principal. E um treinador da seleção principal que deposita muita confiança no Sylvinho, fazendo integração entre todas".
Além disso, Caboclo pretende trazer de volta seleções Sub-16, Sub-18 e Sub-19. O objetivo é dar rodagem a jogadores que, por exemplo, tenha passado dos 17 anos, mas ainda não estejam prontos para atuar no Sub-20, divisões existentes atualmente.
"Vão estar prontos para vestir a camisa do Brasil mesmo que não estejam em atividade pela defasagem de idade, que nesse momento da vida impõe restrições físicas a jogadores mais jovens".
Caboclo começa seu mandato a partir desta quarta-feira (11). A seleção olímpica só passará a ser convocada depois de julho, quando se encerrar a participação brasileira na Copa América.
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