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No Atlético-MG desde 2011, Patric jamais se firmou e vê vaga ameaçada

Patric, lateral do Atlético-MG, sofre com pressão da torcida - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Patric, lateral do Atlético-MG, sofre com pressão da torcida Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

14/02/2019 04h00

Patric chegou ao Atlético-MG em janeiro de 2011 com aval do então técnico Dorival Júnior. De lá para cá, jamais se firmou no time e acumulou saídas por empréstimo. Hoje, vê o jovem Guga ser pedido a cada partida disputada pela equipe e, mesmo que tenha respaldo de Levir Culpi, corre risco de perder a vaga entre os titulares em breve.

Contratado para ser o principal nome da lateral direita em 2011, o jogador deixou o clube pela primeira vez já naquele ano. Dez dias após a contratação de Cuca para a vaga de Dorival Júnior, o atleta foi emprestado à Ponte Preta. Fora dos planos do técnico atleticano, foi novamente repassado em 2012, 2013 e 2014. Neste período, ele defendeu as cores de Avaí, Náutico, Coritiba e Sport.

Em 2015, voltou a ter chances no time mineiro. Reserva imediato de Marcos Rocha, Patric atuou em 40 jogos do time comandado por Levir Culpi naquele ano. O treinador, inclusive, o colocou com frequência improvisado no setor ofensivo ou pelo lado esquerdo da defesa.

O lateral direito seguiu nos planos do clube na temporada seguinte, quando Diego Aguirre chegou à Cidade do Galo para substituir Levir. Sob a batuta do uruguaio, atuou constantemente improvisado como ponta direita, inclusive em duelo contra o São Paulo, pelas quartas de final da Libertadores. Naquele ano, fez 34 jogos e marcou quatro gols.

Os dois anos seguidos na Cidade do Galo fizeram Patric se desgastar novamente com a torcida. Por opção de Roger Machado, técnico do time no início de 2017, foi emprestado novamente. O Vitória foi o destino do atleta.

Ele voltou ao clube em 2018, e a intenção da diretoria era contar com Samuel Xavier para a lateral direita. Todavia, o atleta escolhido não se firmou, e Patric teve novas chances. O bom desempenho de Emerson fez com que ele se tornasse reserva. Porém, a venda do jogador para o Barcelona, da Espanha, por 12,17 milhões de euros (R$ 51,54 milhões na cotação atual) fez com que Levir Culpi, de volta à Cidade do Galo em outubro do ano passado, optasse pela utilização do jogador de 29 anos.

Hoje, Patric segue como titular do Atlético. No entanto, sofre novamente com a pressão por parte da torcida para deixar o time em detrimento de Guga, que chegou por 1,8 milhão de euros (R$ 7,62 milhões na cotação atual) do Avaí. O jovem de 20 anos encantou a torcida ao dar assistência para o gol marcado por Alerrandro na vitória por 2 a 0 sobre o Guarani-MG, pelo Campeonato Mineiro.

Nessa terça-feira (12), após o triunfo sobre o Danubio, do Uruguai, pela partida de volta da 2ª fase da Libertadores, Levir Culpi fez uma análise sobre a disputa entre Patric e Guga por uma vaga na equipe.

"É uma questão de escolha, a torcida é passional, mas não tem os dados que eu tenho dos atletas. Analisamos tudo que se pode imaginar do jogador. Não fazemos isso por birra, o técnico também quer vencer. Hoje eu tirei por causa do cartão, quem tomou eu já fui tirando. O Guga teve a oportunidade de jogar 45 minutos, eu sei que ele é muito ofensivo. Além de proteger o Patric, que tinha saído, tivemos com a força do Guga. Tenho que manter o respeito dos dois, eles são importantes, é o nosso time, vamos protegê-los. Não tenho o que falar, estou contente com a presença dos dois", declarou.

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